***Adeildo Nascimento Filho
Se há algo muito desafiador para definir as tendências nesses últimos tempos, é sobre o mercado trabalho. Não há nada que tenha mudado de forma tão rápida e dinâmica, como o trabalho. Sempre existiu uma fórmula, da época dos nossos pais, que era: dedique-se aos estudos, gradue-se, siga uma carreira e o teu futuro está garantido.
Contudo esta fórmula está sendo posta em cheque no momento, é só ver a quantidade de pessoas ocupadas ou trabalhando por subsistência em áreas que não tem relação alguma com a formação que tiveram. Essas mudanças são tão drásticas que, segundo o Fórum Econômico Mundial do Trabalho, 60% das crianças que estão iniciando na escola hoje, irão executar tarefas ou estar em cargos e posições que nem existem nos dias atuais.
Se é difícil prever quais as tendências no mercado de trabalho, o que é possível fazer é direcionadores que podem contribuir na hora escolher a profissão. Primeiro qualquer tipo de carreira, cargo ou função que não agrega valor intelectual ao processo tende a deixar de existir. Isso em virtude da inteligência artificial, robótica e disrupção digital que está ocorrendo nos últimos tempos. Tarefas repetitivas que não agregam valor tendem a diminuir.
Contudo, carreiras direcionadas pela vocação das pessoas estão em alta. No passado tinha uma tendência de optar pela profissão que dava mais dinheiro. O futuro nos diz que a escolha da carreira baseada na sua vocação, naquilo que além de trabalhar você tem prazer em fazer, provavelmente são as profissões e profissionais mais desejados no mercado no futuro.
Ao contrário do que os nossos pais diziam: fazer uma faculdade, dedicar a educação que o seu futuro está garantido; a lógica está invertendo um pouco. Passa a ser dedicar tempo e foco naquilo que tem prazer em fazer, naquilo que você faz como ninguém, em que você é único. Aquilo que agrega valor intelectual ao processo. O futuro do trabalho e do mercado de trabalho está reservado às pessoas que escolhem as suas carreiras com base em vocação e não em remuneração.
***Adeildo Nascimento Filho é diretor da Indústria 4.0 da ABRH-PR