Dado é um dos indicadores divulgados
no 8° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos
O Paraná teve um terço dos empregados (32,4%) substituídos em 2015, consequência do desaquecimento no mercado de trabalho. Segundo o Ipardes, nesse período o Estado perdeu mais de 75,5 mil vagas no mercado formal. Esse resultado e de outros 11 indicadores estão presentes no 8° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos que será divulgado no dia 19/10 (quarta-feira), às 7h30, no Hotel Bourbon. O estudo é realizado todos os anos pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR) e a Bachmann Associados e os dados são correspondentes a 2015.
Nesta edição, 195 organizações participaram da pesquisa, uma amostra de cerca de 200 mil empregados que fornece uma visão geral dos aspectos relacionados à gestão de pessoas no Paraná. Essas empresas forneceram seus dados por meio de formulário eletrônico, permitindo o cálculo de 12 indicadores, como absenteísmo, rotatividade e percentual de horas extras, entre outros. “Para garantir a comparabilidade dos resultados apresentados, foram usados indicadores padronizados e validados por profissionais da ABRH-PR”, diz Dórian L. Bachmann, coordenador do estudo.
Segue um resumo dos principais indicadores do 8° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos, tendo como base o ano de 2015:
– Rotatividade voluntária: um décimo (9,7%) dos empregados pediu demissão em 2015, ou seja, quase um terço dos desligamentos foi por iniciativa dos empregados. “Resultado muito melhor que os dos anos anteriores”, comenta Bachmann. A perda de colaboradores por iniciativa dos empregados foi mais acentuada nos setores de comércio (16,2%) e de serviços (11,7%) que na indústria (6,8%).
– Retenção 90 dias: apenas 82,6% dos novos empregados admitidos continuaram nas empresas depois de 90 dias. Isto significa que um em cada quatro contratados não terminou o período de experiência.
– Absenteísmo: a quantidade de faltas ao trabalho cresceu um pouco, em quase todos os setores, com a média ficando em 2,7% do tempo. O setor com maior controle sobre este indicador foi o comércio, com absenteísmo de 2,3%. No geral, razões de saúde (Absenteísmo Médico) responderam por 44,4% do tempo perdido pelas ausências.
Horas extras pagas: corresponderam, em média, a pouco menos de 3% das horas trabalhadas. “O resultado, um pouco menor que nos anos anteriores, possivelmente melhorou em virtude do desaquecimento da economia e não pelas ações dos gestores”, resume Bachmann.
Terceirização: o levantamento confirmou que a terceirização é pouco praticada nas empresas, “possivelmente devido às restrições impostas pela legislação e à ideia de que se trata de recurso para reduzir despesas e transferir responsabilidades trabalhistas”, fala Bachmann. No geral, os terceiros correspondem a 9,2% do pessoal permanente; a série histórica indica uma estabilização, depois de vários anos de queda.
Percentual de mulheres: a participação feminina na força de trabalho, que cresceu até 2012, mantém-se estável em cerca de 40% nos últimos anos. O setor de serviços apresentou o maior percentual de mulheres (56,3%), enquanto no setor industrial elas representam um quarto das equipes (24,5%). O setor de construção pesada se mostrou o mais conservador, com apenas 6,2% de mulheres, enquanto os hospitais têm em média 81,1% de mulheres.
Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA): a média de todas as empresas ficou em 8,32 acidentados por milhão de horas trabalhadas. “Este valor é semelhando aos dos dois anos anteriores, mas está em um patamar inaceitável pelo custo social e humano que representa, ainda que 55 organizações (28% da amostra) não tenham reportado acidentes com afastamento”, resume Bachmann.
Serviço – lançamento do 8° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos
Dia: 19 de outubro (quarta-feira), das 7h30 às 10h30
Local: Hotel Bourbon – Rua Cândido Lopes, 102 – Centro – Curitiba-PR
Inscrições: Até18 de outubro no site www.abrh-pr.org.br
Investimento: sem custo para associados da ABRH-PR e R$ 60,00 para não associados
Informações: (41) 3262-4317