Respiração alterações bucal pode causar alterações na face

7 de outubro de 2009


É muito comum que as pessoas respirem pela boca quando estão com as vias aéreas congestionadas. Esporadicamente, este processo não traz problemas, porém quando a prática é freqüente, deve-se observar a origem e os resultados da respiração bucal. O problema geralmente acomete as crianças, mas também ocorre em adultos.

A rinite alérgica, o septo nasal alterado e as vegetações adenóides são os distúrbios que podem gerar a síndrome da respiração bucal. Segundo o ortodontista Marco Antonio L. Feres, a respiração oral pode deixar sequelas na musculatura e nas funções de mastigação, deglutição e fala. “Pode ser muito prejudicial à saúde, causando ressecamento e inflamação nas vias aéreas. Outro grave problema é o surgimento de más-oclusões, ou seja, alterações nas posições dos dentes e maxilares”, explica.

Incidência infantil

É importante estar atento às indicações de que a respiração pela boca é um problema mais sério, especialmente nas crianças. Este processo pode gerar várias alterações, como a boca se manter aberta a maior parte do tempo, a língua ficar mais baixa em contato apenas com os dentes inferiores e a mudança da postura para facilitar a respiração, com a cabeça projetada para frente.

Os problemas respiratórios têm uma relação estreita com a ortodontia. Os principais distúrbios decorrentes da respiração oral são as mordidas cruzadas ou abertas, dentes apinhados e as retrusões mandibulares. A respiração e a mastigação adequadas contribuem para o desenvolvimento dos ossos maxilares e do correto posicionamento dos dentes.

O tratamento para a síndrome da respiração bucal é multidisciplinar e envolve especialistas como: o otorrinolaringologista, ortodontista e fonoaudiólogo. “Na ortodontia buscamos normalizar a posição dos dentes e das arcadas dentárias, pois quase sempre o portador de respiração bucal apresenta a arcada superior estreita e os dentes anteriores protruídos”, diz Marco Antonio. A terapia ortodôntica, executada por diversos tipos de mecanismos, tem duração média entre 22 e 26 meses, dependendo da idade em que se inicia o tratamento.

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