Os desafios do RH na área de alimentação

10 de setembro de 2013


Uma área com muitas particularidades, o segmento alimentício tem nas pessoas os seus maiores ativos. São elas que selecionam, preparam, cozinham, embalam, atendem aos clientes. E lidam com uma matéria prima muito especial e delicada: a comida. Por trás do atendimento ao mercado, há empresas preocupadas com os seus funcionários, pois, de acordo com a diretora da ABRH-PR (Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Paraná), Cleila Lyra, há diferença na atuação do RH em organizações da área de alimentação. “Lidar com alimento implica em muitas questões intangíveis e, por outro lado, outras totalmente físicas e mensuráveis. Não apenas a dedicação e o carinho aparecem no resultado final da refeição. Se as condições materiais não forem rigorosamente observadas, pode influenciar no resultado final”, afirma.

Com esta peculiaridade, o mercado alimentício é muito sensível às grandes mudanças funcionais. Para Cleila, que é consultora nesta área, a política de RH das organizações deve incluir um cuidado especial com o relacionamento entre empresa e colaborador. “Esta confiança entre as partes deve ser construída em um processo de fidelização do trabalhador. A mesma política utilizada na área comercial pode ser usada internamente, com os seus colaboradores. A empresa deve ser criativa para descobrir como motivar e comprometer os funcionários, já que o perfil mais frequente das pessoas que se interessam por este segmento é a forte presença de emoção e dos sentimentos”, explica.

Motivação e bem estar

“As pessoas precisam estar bem e bastante motivadas para servir uma alimentação saudável e nutritiva”. Esta é a avaliação da gerente de Recursos Humanos da Risa Restaurantes Empresariais, Benildes Vieira. A Risa integra a holding Campodoro juntamente com as empresas Risotolândia e CPDA que somam 4,2 mil colaboradores.

Como o produto final será a alimentação de milhares de pessoas, o cuidado no início da cadeia é redobrado. É onde se destaca o item apontado pela consultora da ABRH-PR: a fidelização dos colaboradores. “O perfil emotivo individual, aliado aos fatores sócio culturais especiais dificultam a fidelização dos funcionários, o que afeta diretamente o cliente final, que muitas vezes se acostumou com determinado profissional”, diz Cleila.

O mercado anseia por profissionais comprometidos e menos imediatistas. A consultora afirma que, com a oferta de empregos, atrair, manter e desenvolver novos colaboradores é o maior desafio do RH no segmento de alimentação. Para a Risa a criatividade é a chave para o sucesso. “Buscamos pessoas inovadoras e criativas que tenham habilidade não só para preparar os alimentos, mas que também saibam se comunicar, atender bem os clientes e surpreender todos os dias com bons resultados, bom humor e motivação. Nossos gestores operacionais precisam ser, além de excelentes técnicos, habilidosos gestores de gente”, finaliza Benildes Vieira, gerente de RH da Risa.

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