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O RH para as mulheres

4 de abril de 2012


As mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no Brasil e
as empresas estão começando a direcionar ações para elas

Uma pesquisa divulgada pela Catho Online em março mostra que as mulheres ocupam 48% dos cargos de Supervisão e 64% dos postos de Coordenação das empresas no país. Rapidamente, o público feminino atinge novos patamares nas organizações ocupando diferentes cargos e aumentando a sua participação no quadro funcional. Esta constatação reflete diretamente na atuação do departamento de Recursos Humanos, cada vez mais os gestores desenvolvem ações direcionadas ao público feminino.

É o caso da empresa alimentícia Apetit, que conta com 1,6 mil colaboradores, sendo 91% do quadro é composto por mulheres. Com atuação em nove estados brasileiros, 140 restaurantes corporativos, mais de 100 mil refeições por dia e um faturamento de mais de R$ 37 milhões, a indústria precisa contar com o comprometimento e integração dos profissionais, por isso cria estratégias de motivação e programas especialmente para as mulheres, como o Mamãe Apetit. “Dedicamos uma atenção especial às nossas colaboradoras mulheres buscando acompanhá-las durante todo o período gestacional, incentivando o pré-natal e enviando informativos sobre as etapas da gestação. Com isso, elas têm a oportunidade de vivenciar esse momento com tranquilidade e informação, recebendo apoio e acompanhamento necessário para a manutenção de sua saúde e também a do bebê”, explica Cláudio Cartaxo, gerente de Recursos Humanos da Apetit.

O programa fornece às colaboradoras grávidas uma carteirinha de Controle do pré-Natal e orientações sobre como proceder como participante do Mamãe Apetit. O acompanhamento da gravidez é feito periodicamente pelo departamento de RH, com o auxílio de psicólogos e assistentes sociais, e 45 dias antes do nascimento do bebê a colaboradora recebe um kit com produtos variados, como fraldas e outros itens de higiene

O quadro brasileiro
Apesar de uma realidade irreversível, a avaliação dos especialistas é de que as empresas estão começando a investir em programas às mulheres. Segundo a presidente da ABRH-PR (Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Paraná), Sônia Gurgel, as organizações ainda não perceberam a importância de respeitar os diferentes nichos dos seus colaboradores com propostas direcionadas no dia a dia. “Infelizmente, a maioria das empresas brasileiras não está preparada para lidar com a diversidade em geral, quer seja de gênero, gerações, raças, entre outros”, explica.

Especialmente na gestão de pessoas com a distinção de sexo, Sônia acredita que o RH deve ser ousado ao propor ações, “o RH pode buscar formas de trabalho que privilegiem os diversos papeis femininos na sociedade, em especial o de mão, sugerindo turnos de trabalhos mais curtos, em casa, maior flexibilidade de horários, convênios com creche, entre outros”, complementa. O primordial para o RH é equilibrar as alternativas com as necessidades e possibilidades das empresas e suas colaboradoras.

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