De acordo com o relatório “Digital in 2018: The Americas”, divulgado no ano passado pelas empresas We Are Social e Hootsuite, 62% da população brasileira é ativa nas redes sociais. Segundo o estudo, o Brasil está entre os três países com maior tempo de navegação na internet: uma média de mais de nove horas diárias, sendo cerca de três horas e meia dedicadas às redes sociais. Para essas pessoas, os ambientes virtuais funcionam como uma extensão do mundo real, isto é, são locais em que se compartilham informações, demonstrações de afeto, entre outros.

Com as redes sociais cada vez mais presentes no nosso cotidiano, torna-se natural que os indivíduos tenham maiores responsabilidades com relação a sua própria imagem nesses espaços, já que muitas ações têm consequências diretas no mundo físico. Consequentemente, alguns desses comportamentos influenciam a imagem, de forma positiva ou negativa, das marcas e empresas empregadoras.

“Pode parecer redundante, mas é necessário reforçar que as empresas devem investir em treinamentos que destaquem e ensinem as boas condutas nas redes sociais para os funcionários. Isto é, conversar sobre comportamentos ou conteúdos que devem ser evitados para que a imagem da marca e do indivíduo não seja prejudicada”, esclarece Ricardo Montanher, diretor de vendas da Horizons, especializada em telecomunicações, internet e tecnologia da informação.

Para ele, o investimento em treinamento deve ser acompanhado de um setor de comunicação interna forte. Dessa forma, os problemas ou mesmo insatisfações dos funcionários com a empresa devem ser tratadas no ambiente profissional, evitando problemas para ambas as partes. “As empresas devem promover um ambiente saudável em que o funcionário se sinta à vontade para dialogar e resolver esses problemas internamente”, diz. Montanher comenta também que a criação de redes internas de comunicação (intranets) são ferramentas que podem auxiliar nesses processos, desde que sejam efetivas e funcionais para desempenhar essas funções.

Além dessas ações pontuais, as empresas devem focar em um ponto estratégico fundamental: trabalhar a identidade da marca com os funcionários. “O profissional deve estar motivado no dia a dia para incorporar certos traços da marca em sua própria atuação no cotidiano. As empresas têm que trabalhar no desenvolvimento de uma mentalidade interna forte, transformando os profissionais em verdadeiros porta-vozes da marca. Dessa forma, os funcionários irão se tornar mais responsáveis pela marca e por suas próprias ações fora do ambiente de trabalho”, conclui.