Os médicos empregados da FEAES – Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba, responsável pela administração das UPAs (Unidades de Urgência e Emergência) de Curitiba e Hospital do Idoso Zilda Arns, decidiram não aceitar a proposta de reajuste oferecida pela Fundação e ainda aprovaram indicativo de greve. A decisão foi aprovada em assembleia, realizada na última segunda-feira (26), na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná – Simepar.
De acordo com o advogado do Simepar, Luiz Gustavo Andrade, a FEAES pretende dar um reajuste correspondente à inflação do último ano, o que geraria um aumento de apenas R$ 4, ou seja, de R$ 60 para R$ 64 no valor da hora de trabalho. Além disso, pagaria aos médicos um auxílio alimentação de R$ 270. “A proposta da FEAES causou perplexidade à categoria. Alguns médicos destacaram que a proposta de pagamento de R$ 270 de auxílio alimentação corresponde a valor inferior aquele pago a outros profissionais de saúde, vinculados à própria Fundação”, observou Andrade.
Os médicos querem receber, no mínimo, R$ 75 pelo valor da hora médica e, a título de auxílio alimentação, a mesma quantia paga aos demais profissionais da saúde, ou seja, R$ 310. Além disso, foram colocadas em pauta reivindicações antigas e prometidas pela Fundação, porém até o momento não cumpridas, como a implementação de um plano de cargos e salários. A diretora do Simepar, Claudia Paola Aguilar, disse que a proposta do empregador não representa nenhum ganho real à categoria médica, já que a FEAES se limita a ofertar o reajuste da inflação do período.
A categoria deixou a assembleia em aberto, com nova reunião marcada para a próxima segunda-feira (2 de junho), na qual serão discutidas as medidas de paralisação do atendimento. Além disso, ficou aprovado que o Sindicato e a Comissão de Negociação deverão conduzir medidas judiciais voltadas a cobrar horas extras a que os médicos têm direito.