Envelhecer é inevitável. Mas viver bem, com saúde, relevância e propósito ao longo dos anos é uma escolha e tem nome: trata-se de Longevidade Intencional. Mais do que esperar passivamente a passagem do tempo, essa abordagem convida à ação de protagonizar o próprio futuro, agora.
Para Silvia Triboni, criadora do conceito, consultora e palestrante especialista em longevidade e harmonia intergeracional, que estará no XVIII CONPARH, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR), longevidade intencional é um compromisso ativo com a saúde física e emocional, com a construção de vínculos significativos e a busca contínua por propósito.
“Em outras palavras, trata-se de fazer parte da própria história em vez de deixar que ela aconteça por inércia. Isso exige atitudes práticas no dia a dia de uma pessoa comum, como cuidar da saúde física, fortalecer a mente e o cérebro, valorizar as conexões sociais, explorar lugares novos com propósito, fazer escolhas intencionais e buscar a reinvenção”, explica Silvia.
Trabalho após os 60: experiência que transforma o preconceito
Apesar de todos os avanços na valorização da qualidade etária, o ambiente profissional ainda é um grande obstáculo a ser enfrentado. Uma pesquisa do Grupo Croma, com base em dados da Oldiversity®, revelou que 86% dos profissionais com mais de 60 anos já sofreram algum tipo de preconceito no mercado de trabalho, independentemente de suas qualificações.
Esse dado escancara o quanto ainda precisamos evoluir. Ao mesmo tempo, aponta para a oportunidade de resgatar e valorizar o imenso potencial da maturidade. Como no empreendedorismo, por exemplo. Para Silvia, profissionais experientes trazem consigo um repertório valioso composto de resiliência e adaptação frente aos desafios, clareza de valores e foco em legado, rede de contatos consolidada e capacidade de escuta empática, além de senso de urgência e propósito social, com foco em impacto real.
E quanto às empresas? O que elas podem fazer para acolher e aproveitar essa potência? Segundo a especialista, o primeiro passo é reconhecer o valor da experiência e em seguida, agir.
“Um ambiente corporativo verdadeiramente acolhedor e inclusivo precisa criar ambientes intergeracionais, promover sensibilizações quanto à necessidade de combate ao idadismo, adotar programas de capacitação e atualização para profissionais seniores, promover debates, palestras e capacitações, mentorias reversas, garantir políticas de inclusão etária e criar um espaço onde a experiência vivida seja celebrada e não descartada”, sugere a consultora e palestrante.
Em tempos de longevidade ampliada, o desafio não é apenas viver mais, mas protagonizar um futuro com propósito, dentro e fora do trabalho. Por isso, para quem deseja se manter relevante após os 60, Silvia acredita que a recriação é a palavra-chave.
“A longevidade não é sobre sobreviver – é sobre viver plenamente. E isso só acontece quando assumimos o protagonismo da nossa história, exploramos novas oportunidades e mantemos nosso espírito aventureiro e inquieto”, finaliza Silvia.
XVII CONPARH
O tema “Longevidade Intencional: protagonizando seu futuro” será tratado com mais profundidade por Silvia Triboni, no XVIII Congresso Paranaense de Recursos Humanos – CONPARH 2025 – “Tudo que só o humano pode fazer”.
O evento, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná – ABRH-PR, acontecerá nos dias 22 e 23 de outubro, no Viasoft Experience, em Curitiba.
No congresso, Silvia espera trazer esse tema para as experiências práticas: “Intencionar a longevidade é muito mais do que querer viver mais. É querer viver melhor, com saúde, relevância, autonomia e vínculos significativos.”
Mais informações: https://conparh.com.br/