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Jornais americanos limitam acesso a conteúdo digital apenas para assinantes

7 de março de 2012


Os jornais americanos começaram a cobrar para de seus leitores o acesso aos conteúdos on-line. No entanto, o número de assinantes do serviço não é suficiente para a reverter o declínio das finanças dos veículos de imprensa.

Apesar desta constatação, os resultados não desanimam os executivos do setor, pois acreditam que a decisão deve dar respaldo ao mercado de jornais impressos.

O jornal Los Angels Times da Tribune Co. comecará a cobrar dos leitores o acesso ao conteúdo do portal, a partir da próxima segunda-feira (12/3). Outra empresa que garante aderir à ideia é a editora de jornais Gannett Co.

O método vem tendo cada vez mais aceitação das empresas do ramo. Somente em 2011 cerca de dez jornais americanos de grande circulação no país e centenas de veículos menores começaram a limitar o conteúdo para o público não assinante.

Com as mudanças, desde novembro de 2011, o diário Star Tribune de Minneapolis, em Minnesota, já contabilizou 14 mil assinantes digitais, cerca de 5,7% dos assinantes do impresso. O Boston Globe atraiu cerca de 16 mil assinaturas digitais, incluindo os dispositivos móveis. Três meses após lançar um site pago a circulação de exemplares impresso do jornal é de 200 mil. Já o Newsday, de Nova York, não apresenta números tão satisfatórios de assinantes digitais, o veículo angariou apenas mil assinantes on-line dois anos após lançar o sistema.

Cobrar pelo acesso do conteúdo on-line dos veículos é uma saída para frear o declínio financeiro das instituições que sofrem com a queda de 10 milhões de exemplares, ou seja, 17% do total, na circulação semanal, desde que o conteúdo dos jornais foi disponibilizado gratuitamente na rede, há pelo menos dez anos. De acordo com a Associação dos Jornais dos Estados Unidos as receitas de publicidade impressa também caíram cerca de 50% neste período.

Executivos afirmam que os esforços para cobrar pelo conteúdo digital é uma maneira de eliminar o incentivo dos leitores em deixar de assinar os jornais impressos para buscar alternativas gratuitas na internet.

Jornais como o The Wall Street Journal teve sucesso com seus portais preservando o acesso para assinantes, pois desde a década de 1990 limitou conteúdos em seu site. No segundo semestre do ano passado, o diário já possuía cerca de 537 mil assinantes do formato digital, de acordo com a Agência de Auditoria de Circulação. O Financial Times, da Pearson PLC, que lançou seu atual modelo de pagamento no final de 2007, tinha 267 mil assinantes digitais no mesmo período.

O New York Times que começou a cobrar pelo acesso on-line das suas publicações, em março, já conseguiu 380 mil assinantes. Isso equivale a cerca de metade da circulação diária do jornal impresso.

O grande desafio para todos os jornais é oferecer motivação para novas assinaturas, já que o conteúdo gratuito continua abundante na rede.

Os resultados da nova prática são bastante conflitantes, por exemplo, o número de visitas ao site do Star Tribune declinou cerca de 12% desde que o jornal começou a cobrar por acesso irrestrito, mas existem evidências que limitar o acesso digital está ajudando a frear a queda nos jornais impressos, como é o caso do New York Times, que após lançar um sistema de medição há um ano, afirmou que a circulação da sua edição de domingo foi maior pela primeira vez em cinco anos.

Com informações do The Wall Street Journal.

FONTE: Portal IMPRENSA

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