A ABRH-PR – Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Paraná promoveu, na sede da Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná, nesta sexta-feira (12), a primeira edição do 1º Ciclo de Palestras de Melhores Práticas na Gestão Pública. O encontro reuniu cerca de 80 pessoas entre funcionários da Sanepar e gestores convidados, e foi aberto pela presidente da ABRH-PR, Susane Zanetti, e pela diretora de gestão pública da entidade, Marcia Krambeck. As palestras ficaram a cargo do presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, e do presidente do ISAE/FGV – Instituto Superior de Administração e Economia/Fundação Getúlio Vargas, Norman de Paula Arruda Filho.
Após fazer uma breve explanação sobre os projetos e ações da ABRH-PR, Susane Zanetti afirmou que o propósito da Associação é desenvolver lideranças transformadoras que farão a diferença. “O DNA da ABRH-PR tem como fundamento a educação como um diferencial no desenvolvimento de lideranças notáveis, construindo empresas de excelência e uma sociedade melhor”, assinalou.
Susane aproveitou a ocasião para convidar os presentes a participarem da 14ª edição do CONPARH – Congresso Paranaense de Recursos Humanos, que acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, em Curitiba. O evento abordará o tema a empresa que eu quero ter: caminhos a percorrer.
A diretora de gestão pública da ABRH-PR disse que espera que esse seja o primeiro encontro de muitos outros que tratarão de políticas de gestão pública. Anunciou que está sendo estruturado mais um encontro para o mês de novembro. “A iniciativa tem por objetivo promover palestras com presidentes e diretores de instituições públicas de diversas esferas de governo para compartilhar experiências”, destacou Marcia Krambeck.
Planejamento e integração
Em sua apresentação, o presidente da Sanepar destacou a importância do trabalho integrado do governo para alcançar resultados globais e de que forma o planejamento estratégico deve privilegiar as demandas dos mais diversos segmentos da sociedade. “Na vida pública, o gestor trabalha para que o resultado tenha impacto direto na vida das pessoas. É por isso que ouvir a comunidade e fazer o levantamento das demandas é primordial para o planejamento das ações”, ressaltou Chaowiche.
“O gestor público precisa ter habilidade e sensibilidade política e, acima de tudo, entender a missão e os objetivos da instituição”, assinalou. De acordo com ele, a sociedade e colaboradores devem participar e contribuir na identificação e priorização das demandas. “Ouvir os colaboradores e a sociedade é fundamental para a definição dos planos de ação a serem executados, para a construção de uma agenda estratégica e do desenvolvimento de políticas integradas”.
Chaowiche ainda destacou a importância da capacitação dos colaboradores, citando iniciativas da Sanepar como cursos de gerenciamento de projetos e treinamento a distância, e a valorização das equipes por meio do fornecimento de infraestrutura de trabalho adequada.
Desenvolvimento sustentável
O presidente do ISAE/FGV abordou a gestão do conhecimento como agente transformador, principalmente na gestão pública. “O líder sustentável é um educador, tem que ter a capacidade de inspirar e motivar a sua equipe. Ao fim de cada projeto, a equipe precisa estar em outro patamar”, disse. Norman, que é doutor em Gestão Empresarial Aplicada, afirmou que a ABRH-PR é um exemplo permanente de transformação ao abrir caminhos para a preparação de líderes com um olhar no amanhã e com a capacidade de construir cenários e planejar com mais dinamismo.
“As empresas devem se preparar para o futuro”, assegurou. “Não existe gestão empresarial sem sustentabilidade nas suas mais diferentes dimensões: econômica, financeira, social, cultural, territorial”. Além dos princípios citados sobre um líder sustentável, Norman colocou que a liderança deve ser mais ativa, participativa e transformadora. “O líder deve compartilhar, trocar, ouvir. Ser visionário, inteligente, ousado, coerente, ético e eficiente”, ensinou.
Ao falar sobre o futuro, líderes, transformação, Normal citou os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU, no final do ano passado durante a COP 21. No total, são 17 objetivos e 169 metas que podem ser divididos em cinco grandes áreas: pessoas, planeta, paz, prosperidade e parcerias. Destacou que o Paraná foi o primeiro estado brasileiro a se comprometer oficialmente com os ODS.
Assinalou que, embora o acordo não traga prazos específicos nem esforços imediatos, é preciso lembrar que esse é apenas o primeiro passo quando se pensa em um futuro com bases mais sustentáveis. Além disso, o futuro do planeta não está apenas nas mãos dos governos. É dever de todo cidadão trabalhar colaborativamente, palavra de ordem quando falamos em desenvolvimento sustentável, em um esforço comum em prol do futuro. “Ou seja, pensar globalmente e agir localmente”.