Estudante avalia participação na Global Marketing Competition da ESIC

23 de julho de 2013


Organizada há mais de 10 anos pela ESIC Business & Marketing School, na Espanha, a Global Marketing Competition (GMC), competição mundial de estratégia e marketing, é dirigida aos estudantes universitários de programas de pós-graduação, MBA e doutorado, com o objetivo de aproximar o ambiente empresarial do acadêmico, por meio de simulações de gestão e marketing.

A tarefa dos times participantes foi elaborar planos de gestão de negócios. Os trabalhos foram julgados por profissionais renomados do mercado mundial. Os vencedores recebem uma premiação de 6 mil Euros e bolsas de estudo para cursar um programa de Master Executivo na ESIC em Madri. Para os segundos e terceiros colocados, a premiação é de 4 mil Euros e 3 mil Euros, respectivamente.

O casal Michel de Lara e Denise Rodrigues Cruz, alunos da ESIC Business & Marketing School, unidade de Curitiba, participou da competição mundial- edição 2013, e ficou entre os 12 finalistas das Américas. Ele com formação em Tecnologia da Informação – TI e ela, em administração, atuando na área de Recursos Humanos, consideraram o jogo internacional muito interessante porque “pudemos observar como várias estratégias são abordadas dentro de cada rodada. Não é possível saber de onde são os competidores, mas percebemos que existem muitos estilos de administrar e que cada um tem sua maneira de gerir: uns são mais agressivos outros mais controladores; uns investem pesado em marketing, enquanto outros preferem melhorar os serviços ao cliente. O fato do mundo todo participar só valoriza e dificulta ainda mais a competição”, destaca.

Segundo Michel, a competição simula o ambiente empresarial de forma muito real. Em cada decisão que se toma, conta o participante, devem ser considerados os impactos que isso pode trazer. Para ilustrar sua colocação, ele cita como exemplo, as demissões, consideradas como uma forma de cortar custos. “No entanto, podem levar à insatisfação, greves e denegrir a imagem da empresa”, observa. “Controlar custos é prudente, mas um carro com um preço muito baixo pode passar a impressão de má qualidade. Em contrapartida, incentivos e bons salários fazem as fábricas produzir mais”. Esses e diversos outros pontos tornam o jogo bem aderente à realidade empresarial, avalia.

Para Michel e Denise participar da GMC foi uma experiência pessoal e um grande desafio. “Nós dois formamos um ótimo time. Conseguíamos nos completar, um cobria as deficiências do outro. Além disso, estávamos engajados e com vontade de vencer. A experiência com o trabalho em equipe foi muito boa”. Certo momento do jogo, os dois ficaram copiando e analisando dados para tomada de decisões durante 12 horas. “Começamos a trabalhar em turnos para as tarefas operacionais”, lembra. Michel destaca o apoio recebido pelo professor Gerson Gantzel, “fundamental para chegarmos às semifinais. Ele tem um grande conhecimento em sua área de atuação, além de ser um apaixonado por jogos empresariais. Nós três éramos um ótimo time. Também houve o apoio irrestrito da ESIC, que nos deu muita força para continuar. Não chegamos lá por pouco”, orgulha-se.

Sobre as dificuldades da competição, Michel afirma que as primeiras fases foram relativamente fáceis. Como são menos rodadas e poucas decisões a serem tomadas no começo, conseguimos acertar na estratégia e avançar. Nas semifinais o nível dos participantes é muito alto, a complexidade se intensifica e as decisões devem ser tomadas muito rapidamente. “O mercado é muito mais agressivo e quem não tem uma estratégia realmente boa não vai às finais, o que foi o nosso caso”, constata. Ele salienta que é possível mudar o rumo durante o jogo e tentar reverter situações adversas. Num bom planejamento é sempre o melhor caminho a seguir. Tentamos ser agressivos e o mercado não estava tão aquecido. Levou a melhor quem controlou com mais eficiência o caixa”.

Finalizando, Michel assegura que o aprendizado obtido durante a competição foi muito amplo. “Em um espaço muito curto de tempo, deve-se tomar decisões em todos os setores da empresa, considerando que cada ação tem seus prós e contras”, enfatiza. Para ele, o desafio é justamente realizar ações estratégicas, táticas e operacionais em tão pouco tempo. “Com isso, conseguimos perceber o quão difícil pode ser o dia de um alto executivo, tendo que tomar decisões cruciais em pouco tempo e com pouca informação. Enfrentamos a pressão do mercado, porém, podíamos dormir tranquilos à noite, porque não estávamos impactando a vida de nenhuma pessoa na vida real”, declara.

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