1- Para você, quais são os conflitos mais comuns entre as altas diretorias das empresas e seus funcionários? 

Os conflitos mais comuns estão relacionados ao desalinhamento de expectativas de ambas as partes,  que decorrem do “mau” uso ou não uso do processo efetivo de feedback. Quem é líder, pensa que o que deve ser entregue é óbvio, e quem é liderado, entende que deveria receber demanda de entregas explicitas.  Muitas vezes a consequência são problemas de relacionamento e até rupturas. A qualidade da relação depende da quantidade e qualidade de feedback. E o bom feedback ajuda no alto desempenho e alcance de metas.

2- Como o profissional deve se preparar para uma discussão com a diretoria?

A mensagem é direta: não tenha medo de dizer o que pensa, apenas cuide da forma. É preciso ter conversas francas com o alto escalão. Esta equação, difícil para alguns liderados, se interpõe em função do modelo autoritário, uma herança de gerações anteriores. Porém, no novo paradigma isto não vai mais existir mais. Cada um independente da posição de ocupa, pode e deve se posicionar.

3- Quais tipos de argumento são mais eficazes na hora de argumentar com a diretoria (analíticos, de experiências passadas, pessoais, etc..)?

Para isso, primeiramente, conheça as características de sua diretoria, o que terá um apelo mais forte para ela? Qual a linguagem que resultará numa adesão maior ao seu argumento? Então você poderá definir se são dados e fatos, análise logica, experiências passadas, apelos emocionais ou demonstração de impactos futuros.

4- Em sua opinião, quais são as características necessárias para se convencer a diretoria?

As características ou competências  principais são:  negociação, inteligência emocional, análise lógica e jogo de cintura.

5- Quais são as suas dicas para um profissional que precisa convencer sua diretoria, seja a implementar um projeto, cortar custos ou realizar investimentos?

Tecnicamente, é fundamental ter se preparado com dados e fatos, para sentir-se seguro na hora da argumentação. Ir com o  plano A e um plano alternativo, caso a primeira  argumentação não funcione. Emocionalmente, usar sua intuição para fazer a leitura do cenário, como por exemplo, quais são os sinais verbais e não verbais que a diretoria já está passando? Quais as reações imediatas frente ao exposto? E finalmente uma escuta ativa, quando a diretoria se manifesta ela já está reagindo e já está dando as pistas se você está indo bem ou não. Se não estiver indo bem, tenha criatividade  e faça