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Detox tecnológico: é possível encontrar um equilíbrio entre o digital e o analógico?

22 de maio de 2020


Você sabe quantas vezes em média desbloqueia a tela do seu celular? O índice nos smartphones que utilizam o sistema operacional iOS, de acordo com a Apple, registra cerca de 80 ocorrências ao dia. Por outro lado, a Google aponta que os celulares (todos os modelos, sem definição de plataforma) são desbloqueados pelo menos 100 vezes no mesmo período.

 

De acordo com levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) no ano passado, o Brasil tem 230 milhões de celulares ativos no país. O estudo estimava que até o fim de 2019 atingiríamos a marca de 420 milhões de aparelhos digitais em atividade, incluindo notebooks, computadores desktop e tablets.

 

Essas informações, em um primeiro instante, podem parecer banais, mas revelam parte dos nossos hábitos tecnológicos e, além disso, levantam ao menos duas questões importantes: por que é tão difícil desconectar? Estaria o excesso de conectividade atrapalhando, por vezes, nas nossas atividades profissionais, por exemplo?

 

“É importante compreender que ainda estamos vivenciando um processo de transição com relação às novas tecnologias. Anos atrás, por exemplo, tínhamos horários pré-estabelecidos para nos informar através do jornal impresso, rádio ou tv”, explica o diretor da Horizons Telecom, Ricardo Montanher.

 

“Hoje, estamos a uma tela das notícias ou do entretenimento. Além disso, cada pessoa possui seu próprio dispositivo, diferentemente de décadas anteriores, em que compartilhávamos uma única tela”, diz. De acordo com ele, a adaptação aos novos cenários ocorre de forma gradual, mas é possível estabelecer certos parâmetros para impedir que a hiperconectividade atrapalhe o rendimento profissional ou provoque ansiedade e até mesmo desgaste mental excessivo.

 

Montanher explica que é importante, para isso, criar uma rotina, ainda que de maneira flexível, com relação ao tempo gasto nas redes sociais, por exemplo. “Não precisamos checar nossos perfis pessoais a todo tempo e as notificações podem ser desligadas. Isso pode impedir distrações prolongadas. Às vezes alimentamos esse hábito e no fim do dia nos sentimos mais cansados por realizar diversas atividades ao mesmo tempo”, afirma.

 

Ele afirma que não é necessário ser radical nessas mudanças, enfatizando o equilíbrio e as pequenas delimitações. “Evitar checar o celular antes de dormir pode levar a uma melhor noite de sono. Alguns períodos específicos para ler jornais online, por sua parte, pode auxiliar no foco e concentração. Não acredito na necessidade de nos desconectarmos totalmente, mas essas concessões podem contribuir para um melhor balanço no fim do dia”, finaliza.

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