Cirurgia bariátrica recupera a qualidade de vida de obesos

26 de agosto de 2014


Índices relacionados à saúde em pacientes que realizaram o

o procedimento superam a casa dos 60%

 

A obesidade é considerada pela comunidade médica como a doença do século.  Nos Estados Unidos, país com maior incidência mundial da doença, cerca de 36% dos adultos são obesos, sendo 6% de mórbidos. Estima-se que em 2030, de 42% a 51% dos obesos serão mórbidos. Hoje em dia, a obesidade responde direta ou indiretamente pela morte de 6.000 americanos por semana. O governo dos EUA gasta em média US$ 168 bilhões/ano com problemas de saúde relacionados à obesidade.

“Não é meramente um problema estético, pois a obesidade está associada a inúmeras co-morbidades, entre elas doenças graves como a diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial, osteoartrose, apneia do sono, doença de refluxo gastroesofágica e, inclusive o aumento de risco de alguns tipos de câncer, como o de mama, cólon e reto, endométrio, rim, pâncreas. Esses fatores levam a uma redução de expectativa de vida dos pacientes obesos em 5 a 20 anos”, explica o cirurgião Daniellson Dimbarre, do Instituto Jacques Perissat (IJP), que é integrado ao INC, em Curitiba (PR).

Também médico do IJP, Marcelo Loureiro explica que os tratamentos convencionais que unem a mudança de hábito com o uso de medicamente antiobesidade trazem resultados positivos em cerca de 7% dos pacientes, o que representa uma eficácia muito baixa. Os melhores números em retorno aos pacientes obesos é a cirurgia bariátrica, que possui uma média de perda de excesso de peso em torno dos 60% e com baixo índice de reganho de peso. “Além do efeito estético, também permite o controle de diabetes em 77% dos casos, pressão alta em 62%, colesterol e triglicerídeos em níveis normais em 79% dos operados”, complementa Loureiro.

Estudos de melhora de qualidade de vida demonstram melhor qualidade de sono, performance física, mobilidade, prevalência de depressão e desânimo muito menores, melhor disposição para o trabalho, lazer e sexo. Mais de 85% dos pacientes estão satisfeitos com os resultados de suas cirurgias.

Apesar do Brasil ocupar uma posição de vanguarda no cenário mundial da cirurgia bariátrica, com resultados similares aos maiores centros de excelências, apenas 1% dos obesos mórbidos no país tem acesso ao procedimento. O IJP é uma referência nacional na realização e no ensino da técnica. A equipe é composta por dois cirurgiões, uma endocrinologista, uma psicóloga e duas nutricionistas. Em 15 anos, realizou mais de 2,5 mil cirurgias e já treinou mais de 200 cirurgiões no Brasil, América Latina e Estados Unidos.

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