CEO da Britanite fala sobre a importância do capital humano

4 de novembro de 2014


O Bom Dia RH de lançamento do 6° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos, parceria entre a ABRH-PR, Bachmann & Associados e Isae/FGV, teve a presença do CEO da Britanite Indústrias Químicas, Antonio Luiz Cyrino, que falou sobre a importância dos indicadores e dos números na gestão de pessoas. O anfitrião do Bom Dia RH, Eduardo Amorim, agradeceu ao patrocínio da CR Almeida para o evento e falou sobre os benefícios de se associar à ABRH-PR. Na sequência, a coordenadora do Prêmio Ser Humano, Maria Alice Claro, falou sobre o Prêmio – que continua com as inscrições abertas – e a data da premiação, que será no dia 27/11.

Para apresentar (espaço) a palestra sobre o Benchmarking, a presidente da ABRH-PR, Daviane Chemin, falou sobre a relevância da pesquisa, que é fundamental na definição de estratégias. “As empresas que se sustentam são aquelas que encontram um propósito inspirador, traduzem isso em desafios e esses desafios são traduzidos em indicadores de resultados. O diferencial dessas empresas está na maneira pela qual entregam seus resultados e é neste caminho que encontramos as pessoas”, disse. Daviane ainda disse que o Benchmarking é um produto pioneiro no Sistema da ABRH Nacional.

O coordenador da pesquisa, Dórian Bachmann, mostrou os principais números e as conclusões desta edição do Benchmarking. Segundo ele foram 209 empresas participantes, com uma média de 973 empregados, sendo 49% da capital e o restante do interior do Estado. Dentre os principais números, estão:

• A Rotatividade média anual das organizações foi de 41,4%. O comércio, como nos anos anteriores, apresentou rotatividade mais elevada que os demais setores.

A Rotatividade Voluntária média anual das empresas foi de 14,8%. A perda de colaboradores por iniciativa dos empregados foi mais acentuada nos setores de comércio e de serviços.

• No conjunto das empresas, o Absenteísmo médio foi 2,6%, enquanto o Absenteísmo Médico foi responsável por aproximadamente 50% das ausências.

• A Retenção 90 dias média nas empresas foi de 81,1%. Esse resultado é semelhante ao dos anos anteriores, mas o resultado obtido pelo comércio (67,0%) exige atenção.

• As horas extras pagas corresponderam, em média, a 3,4% das horas trabalhadas. Na comparação com 2012, o setor industrial reduziu o volume de horas extras pagas de 4,6 para 4,0%, enquanto o comércio conseguiu a expressiva redução de 5,9 para 3,3%.

• No geral, as organizações investiram 1,4% do tempo de seus empregados em treinamentos (aproximadamente 37 horas por empregado no ano). Este resultado é significativamente inferior ao de 2012, refletindo as opções feitas pelas organizações para enfrentar um cenário menos favorável.

• A Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) média de todas as empresas ficou em 8,57 acidentados por milhão de horas trabalhadas. Esse resultado indica pequena melhora em relação ao ano anterior, mas apenas 42 organizações alcançaram o “acidente zero”.
Palestra –

O CEO Britanite Indústrias Químicas, Antonio Luiz Cyrino de Sá, foi o convidado especial do dia, participando com a palestra “Quando os números estão a serviço da gestão”. Cyrino está a frente de umas das principais empresas paranaenses. Fundada em 1961, a Britanite tem como negócio a mineração e em 2014 a previsão é uma receita líquida de 200 milhões de dólares. É líder no mercado nacional, com 41% de share, e operações em praticamente em todo o Brasil.

Cyrino mostrou a experiência que eles estão tendo na Britanite com os indicadores de gestão, segundo ele, com essa metodologia de trabalho se define o planejamento estratégico da companhia. Um dos grandes desafios é a condução de pessoas, definir o papel dos líderes e alinhar essas lideranças. Atualmente, a empresa conta com 1.000 colaboradores. “Desenvolvemos um painel de indicadores técnicos, em que as variáveis são controladas. Usamos esses dados para suportar as estratégias mais amplas da empresa. Mapeamos as pessoas em função do potencial de crescimento, dentro dos propósitos da organização. Isto gera um mapa com curvas de carreira, que tem a ver com as estratégias da companhia”, afirmou.

Cyrino admite que esses instrumentos são muito importantes. “Para uma empresa do nosso tamanho não dá para trabalha de forma pessoal, é preciso regras para atuar de forma padronizada”, complementou. O CEO disse que com esse trabalho, é possível ter uma foto da população interna da Britanite.

Outro recurso utilizado pela empresa é o mapa de competências. Através de entrevista, detectaram-se quais as competências interessantes à companhia e quais os grupos de líderes que devem tê-las. As avaliações são anuais e os sistemas de avaliação que geram os planos de treinamento. Cyrino também falou que pela primeira vez a Britanite aplicou uma pesquisa de clima organizacional. “Aquilo que você não mede, você não melhora. A empresa tem uma cultura numérica”, disse. Para o futuro, o objetivo é focar na estratégia da companhia, desenvolvimento, retenção e aprimorar os canais de comunicação.

O 6° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos está disponível no link: http://www.abrh-pr.org.br/eventos/benchmarking-em-rh/

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