O Instituto Paz no Trânsito (IPTRAN) promove, a partir do próximo sábado, dia 16 de maio, às 18h, a Exposição Brinquedos Órfãos, que reunirá no Museu Metropolitano de Arte, MUMA, no bairro Portão, as memórias de crianças que um dia puderam brincar e desfrutar da vida, mas que faleceram, vítimas de motoristas imprudentes, em sua maioria embriagados, que dirigiam em excesso de velocidade e sem respeitar as leis de trânsito.
Segundo a coordenadora geral do IPTRAN, Klelia Giardello Kern, a realização da mostra veio da sensibilidade de um jovem publicitário que procurou o IPTRAN. “Foi uma surpresa, afinal é um tema muito forte, ficamos tocados com sensibilidade deste jovem e nos colocamos a disposição de imediato”, disse. Guilherme Pinheiro, é publicitário e trabalha como redator em uma agência de Curitiba, a OpusMúltipla, e revela sua sensibilidade social pela escolha do tema. “A gente sabe que o trânsito faz vítimas inocentes, o causador do acidente quase sempre sai ileso e dentro desse contexto eu vejo que não existem vítimas mais inocentes do que as crianças”, explicou Pinheiro.
Aos 21 anos de idade, o publicitário disse que não foi fácil visitar as mães e colher o depoimento, que se tornaram vídeos para a exposição, sobre as histórias das crianças, dos filhos, que morreram de forma precoce em acidentes de trânsito. “Não é fácil você chegar para uma mãe e emprestar um brinquedo de uma criança, o filho que faleceu, e ouvir a história, os depoimentos. Mas eu queria fazer isso, queria trazer essas histórias para as pessoas então segui até o final”, revelou.
Exposição
Com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a responsabilidade no trânsito, a Exposição Brinquedos Órfãos trará junto com cada brinquedo o nome da criança assim como um documentário em vídeo com a história contada pela mãe. “É uma ação muito impactante e que esperamos que tenha o prestígio da sociedade. Queremos que pais, crianças, jovens e idosos passem pelo MUMA e vejam como uma vida pode ser perdida e outras tantas mudadas de maneira brusca por um ato impensado, muitas vezes irresponsável. Temos certeza que este será um trabalho de grande impacto e grande contribuição”, concluiu a coordenadora técnica do IPTRAN, a psicóloga Dayse Tonial.
