Ocorrido no dia 21/10, no Hotel Bourbon, o Bom Dia RH reuniu mais de 100 pessoas em um evento que marcou o lançamento oficial do 7° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos. O Bom Dia RH iniciou com uma apresentação da Klabin, patrocinadora do evento, com o seu diretor de Gente e Gestão, Sérgio Piza. A ABRH-PR aproveitou o momento para anunciar o novo patrocinador de gestão da entidade, a Brasil Convênios, ali representada pelos profissionais Mauro Jagher e Leila Peres.
A primeira parte do evento teve a apresentação do coordenador do Benchmarking, Dórian Bachmann (Bachmann & Associados), que falou sobre os resultados do estudo, com base em dados de 2014. Participaram 218 organizações, com 923 empregados em média e 12 indicadores. Em resumo:
– A Rotatividade média anual das organizações da amostra foi de 38,4%. O valor mais baixo dos últimos 5 anos. O comércio, especialmente influenciado pelo segmento varejista, apresentou rotatividade mais elevada que os demais setores.
– Quase dois terços das empresas da amostra apresentaram retenção inferior a 90% nos primeiros 90 dias da contratação. A perda de colaboradores por iniciativa dos empregados foi mais frequente nos setores de comércio e de serviços.
– As empresas perderam, em média, 2,2% do tempo dos empregados devido às ausências. Apenas o absenteísmo médico provocou uma perda de 1,0% do tempo.
– As horas extras pagas corresponderam, em média, a 2,9% das horas trabalhadas, refletindo melhor gestão ou menor demanda do mercado.
– Nas organizações da amostra, em média 39,7% dos empregados receberam algum tipo de remuneração variável, mas 28% das organizações ainda não adotam qualquer forma de remuneração variável ou por resultado.
– O maior percentual de empregados sem o Ensino Fundamental estava nos segmentos da construção pesada e de logística. Mas, em média, 10,2% dos empregados são pós-graduados.
– No geral, as organizações investiram 1,2% do tempo de seus empregados em treinamentos (aproximadamente 32 horas por empregado no ano).
– A Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) média de todas as empresas da amostra ficou em 8,01 acidentados por milhão de horas trabalhadas. A meta de “acidente zero” foi alcançada por 61 (28%) das organizações.
A segunda parte do evento teve o talk show com empresárias. O objetivo foi falar dos resultados do Conversatório de Mulheres Empresárias, um programa que foi lançado nesta gestão e teve um grande sucesso. Participaram da conversa: a empresária Catarina Harue, a advogada Rosa Maria Athayde, a ex-presidente da ABRH-PR, Sônia Gurgel, a atual presidente, Daviane Chemin, e Dórian Bachmann.
Confira algumas declarações:
“São 12 empresárias com visões diferentes e expectativas distintas. Todas as pessoas convidadas estavam ansiosas, dispostas e disponíveis a participar. Houve um verdadeiro benchmarking com troca de informações” – Sônia Gurgel.
“Para diminuir a distância entre a teoria e a prática em momento de crise é blindar a nossa empresa através do diálogo e o jogo aberto com a equipe. Pensar no nosso negócio, como na nossa casa. A solução, na minha opinião, é mostrar a importância dos profissionais. A cultura da empresa e o mais importante. O corpo diretivo deve manter a cultura, sem momentos de desespero. E o responsável, tem que estar alinhado com as necessidades da empresa” – Rosa Maria Athayde
“O RH sempre foi considerado algo intangível e tudo que é intangível é removível. É preciso desenvolver o lado mais tangível do RH, é preciso números e embasamento para providenciar as mudanças” – Sônia Gurgel.
“O RH é estratégico e também é preciso cumprir a missão e os valores. Ver novas formas além da demissão, trocar ideias, ver novas soluções. Também, manter as pessoas informadas. Quando as pessoas inovam, as soluções aparecem. Portanto, é importante juntar as nossas vontades e as nossas energias para fazermos a diferença” – Catarina Harue
“Para ter o impacto necessário o RH precisa ser visto pela empresa. O RH deve olhar para fora, antecipar-se às mudanças, verificar os movimentos de mercado e promover o diálogo interno. Muitas vezes o RH é visto como uma área para agradar pessoas, mas ele deve falar a linguagem da organização e usar mais números para dar sustentação. Assim pode ser realmente estratégico” – Dórian Bachmann.