Por Adriana Mugnaini
Por muitos anos os escritórios de advocacia, entidades e instituições do mundo jurídico foram outsiders ao universo do marketing. Por restrições éticas e pela falta de iniciativa dos próprios profissionais, a comunicação não era uma necessidade dentro das empresas. Não era. De uns tempos para cá isto mudou e muitos representantes do meio jurídico estão investindo em comunicação. Tanto que já há especialistas na área de Marketing Jurídico. São profissionais e empresas de comunicação que indicam quais os caminhos que são possíveis de seguir. Porque, mesmo com esta abertura no mercado jurídico, ainda é preciso respeitar o Código de Ética da classe, que restringe algumas formas de divulgação.
Sites, newsletters, materiais gráficos, assessoria de imprensa e redes sociais. Os advogados estão testando as melhores formas de se comunicarem com os clientes e com o mercado. Estão comprovando que a imagem online e offline devem estar casadas. Estão percebendo que a tecnologia também pode ser uma ferramenta para atrair novos clientes. Um artigo interessante foi divulgado no site jurídico Consultor Jurídico, que fornece diversas dicas sobre como produzir uma newsletter eficiente (http://www.conjur.com.br/2015-jul-27/consultor-mostra-melhorar-boletins-publicidade-escritorio). O que diz no texto não é nenhum segredo para empresas de comunicação, mas pode ser uma novidade para os advogados, que estão acostumados em produzir textos mais densos e profundos em suas peças jurídicas. A leveza visual, somada a objetividade e clareza dos textos em uma ferramenta de comunicação que irá chegar ao seu cliente, que na maioria das vezes não é advogado e não tem o domínio da linguagem técnica, pode ser uma boa alternativa de fidelização e de atração de novos negócios. E esta interface de diversos profissionais da comunicação também é uma forma de promover a multidisciplinaridade entre as profissões. Isto enriquece a todos os envolvidos.
Adriana Mugnaini é jornalista e diretora da Básica Comunicações