A busca pela alta performance

29 de setembro de 2011


 

O difícil caminho para se obter equipes de alta performance. Como guia nesta trilha tortuosa, o consultor empresarial Joel de Souza mostrou ao público de cerca de 100 pessoas no Bom Dia RH, as implicações, os desafios, as características e o perfil do profissional de alta performance. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional do Paraná (ABRH-PR), aconteceu no dia 28/09 no Hotel Deville Rayon e teve o patrocínio da Apetit Serviços de Alimentação.

“Todos temos um denominador comum. Somos apaixonados por pessoas”, disse Souza logo ao início da sua fala. E esta paixão se tornou evidente no decorrer da apresentação em que ele mostrou temas importantes no desenvolvimento e contratação de profissionais. E o começo deste trabalho é ter um profundo conhecimento da companhia, do negócio e dos controladores da empresa onde se trabalha. É com esta carga conceitual que o gestor de RH estará apto a selecionar as melhores pessoas para o perfil da sua companhia.

Souza promoveu uma autorreflexão no público ao questionar os presentes a respeito das suas atribuições, que dividiu em três tópicos: ações essenciais, ações estratégicas e ações inovadoras. “A maior parte do tempo passamos realizando as ações essenciais e isto significa perda de foco. É preciso avançar, pensar e agir nas ações estratégicas e inovadoras”, disse.

O que é um profissional de alta performance

Com base em um estudo inédito realizado pela Universidade de Cambridge, Souza elencou as características de um profissional de alta performance. A partir daí, os presentes puderam entrar na mente e entender como atua este profissional, tão disputado no mercado de trabalho. São informações valiosas para o gestor de RH.

A equipe de alta performance compartilha os modelos mentais, sem receios de dividir ideias e informações, pois o profissional entende profundamente a sua função, competência e responsabilidades. Comunica-se entre si de forma aberta, muitas vezes sem precisar falar, tamanha a sintonia entre seus membros.

Os funcionários aprendem a otimizar e adaptar os recursos disponíveis, compensam uns aos outros e realocam funções. Atuam com regras e responsabilidades claras, “sabem gerenciar as expectativas, desde que essas regras sejam transparentes e permitam certa flexibilidade”, complementou Souza.

Segundo Souza, grande parte das empresas não sabe diferenciar meta de estratégia. E esta confusão, gera distorção na atuação de seus colaboradores. “É preciso aprender a construir estratégias e o profissional de alta performance participa deste contexto. Ele está sempre envolvido em um ciclo de disciplina, performance e avaliação. Estabelece metas e planos, fazendo revisões constantes para ajustas as estratégias”, declarou.

São equipes maduras e que sabem identificar prioridades, além de antever e analisar os problemas comuns. O grupo sempre conta com uma forte liderança, que supera o conhecimento técnico, somando com habilidades emocionais, principalmente a empatia e a liderança. “O líder cuida da sua equipe, não a deixa desamparada”, disse Souza.

Os profissionais desenvolvem um forte senso de criatividade, confiança e teamness. São extremamente capazes de gerir conflitos, confiam uns nos outros e acreditam fortemente na capacidade de serem bem sucedidos. Eles gerenciam e otimizam a performance e os resultados, cometendo pouquíssimos erros, porque seus membros são bem informados e orientados. Como sempre tomam as melhores decisões, possuem maiores chances de sucesso em suas missões.

E, por fim, sabem cooperar e coordenar. Uma equipe de alta performance é um mix correto de competências, em total harmonia. Para se tornar parte deste time, os profissionais realizam análises criteriosas e avaliam exaustivamente os currículos. Isto porque, profissionais de alta performance querem sempre trabalhar com seus similares, em equipes de alta performance. Souza resumiu o que faz um profissional deste nível se manter em uma corporação: desafios, ambiente e dinheiro.

XII CONPARH e Prêmio Ser Humano

O diretor de Marketing da ABRH-PR, Eduardo Amorim, falou no Bom Dia RH dos dois principais eventos da entidade este ano: o XII Congresso Paranaense de Recursos Humanos (CONPARH) e o 1° Prêmio Ser Humano (PSH). “O CONPARH irá reunir os tops na área de RH e, sem dúvida, terá muito movimento. Ainda unimos outras duas áreas, a de consultoria com o VI Consulpar, e a de educação corporativa, com o Congresso da Unindus”, disse. Os três eventos acontecem entre 24 e 26/10 no CIETEP, em Curitiba (PR).

Idealizadora do 1° Prêmio Ser Humano e diretora de Desenvolvimento de Projetos da ABRH-PR, Maria Alice Pereira de Moura Claro, convidou aos presentes a participar da solenidade, que acontece no dia 19/10, às 19h30, no Teatro Positivo – Pequeno Auditório. “Tivemos mais de 42 inscritos e o prêmio é importante para todos que moram no Paraná, pois temos que ser mais representativos no nosso país. Então, peço uma agenda especial para todos comparecerem ao evento”, declarou.

Na sequência, o diretor comercial da Apetit, Augusto Reis falou sobre a empresa que, recentemente, foi reconhecida pela revista Época através da pesquisa realizada pelo Instituto Great Place to Work, como uma das 100 melhores empresas para trabalhar no Brasil, no 56° lugar. Fundada em 1989, em Londrina (PR), a Apetit é especializada em administração de restaurantes coletivos para empresas, com atuação em 10 estados e um quadro de 1,3 mil colaboradores. “Investimos muito no nosso potencial de recursos humanos, somos criteriosos, pois contamos com um alto padrão de confiança e gerenciamento. O valor que damos a nossa equipe é substancial, portanto a condução dos nossos colaboradores é estratégica”, afirmou.

A próxima edição do Bom Dia RH acontecerá em novembro.

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