Um dos temas mais inovadores do XIV Congresso Paranaense de Recursos Humanos (CONPARH) será a apresentação Economia Colaborativa e Inclusiva, com André Marim, fundador da Fleety, Matheus Bonfiglio, especialista em inteligência artificial, e Fernando Botelho, co-fundador da F123. O painel acontecerá no dia 23/09 (terça-feira), às 15h.
Fernando Botelho é um dos principais nomes da economia inclusiva no país, um dos criadores do F123, software gratuito que facilita o acesso de pessoas cegas ou com baixa visão a diversos sites, incluindo Facebook, YouTube e Whatsapp para computadores. A inclusão digital das pessoas com deficiência é fundamental para a educação e a informação, proporcionando melhores oportunidades profissionais. O software é disponibilizado em três línguas: português, espanhol e inglês.
Segundo Botelho a economia inclusiva é importante para as empresas porque representa uma chance delas conhecerem e entenderem melhor novos mercados. “As organizações podem adotar inovações inicialmente pensadas para outros contextos e oferecer oportunidades de voluntariado diferenciadas aos seus colaboradores”, complementa.
No CONPARH, Botelho irá mostrar definições sobre a economia colaborativa e inclusiva. “Ela se caracteriza pelo fato das organizações e negócios sociais que a compõem não terem o lucro como sua única ou prioritária motivação. Mas, sim, uma missão social e ambiental”, diz. Não há um consenso geral sobre as fronteiras que diferenciam organizações convencionais daquelas que fazem parte da economia inclusiva. O que já se sabe, segundo Botelho, é que as empresas compõem essa economia por meio do seu modelo de negócio como um todo e não apenas por projetos específicos.
E sobre o evento, o palestrante destaca os seus diferenciais, relacionados à praticidade e e relevância dos temas sobre o RH. “O CONPARH reunirá especialistas e inovadores de uma ampla variedade de setores da economia num evento que traz não só diversidade, mas também profundidade de conteúdo”, afirma.
Fernando Botelho começou a perder a visão aos 16 anos e ficou cego dois anos mais tarde. Possui ampla experiência com projetos nas áreas de redução de pobreza, tecnologia e deficiência. É especialista em estratégias de baixo custo para uso em grande escala. Antes de fundar a F123, foi diretor adjunto do Banco UBS em Zurique onde gerenciou a parceria latino-americana entre essa empresa e a Ashoka. Também atuou no Centro de Comércio Internacional UNCTAD/OMC, agência da ONU em Genebra, onde desenvolveu a primeira metodologia para a inclusão de pessoas com deficiência na exportação de serviços. E liderou o desenvolvimento, em Nova Iorque, do eSightCareers, o primeiro serviço na web de apoio para melhorar as oportunidades de pessoas com deficiência visual.