Adriana Mugnaini
A profissão de assessor de imprensa ganhou maior repercussão nos últimos anos com o boom de celebridades e subcelebridades dispostas a aparecer de qualquer forma. Se isto é positivo ou negativo vale um outro artigo, mas este fato colaborou para tirar a função do assessor de imprensa dos bastidores. Originalmente, o assessor é aquele profissional que está por trás do assessorado, raramente aparece e está muito à vontade em ser um “sombra” de seu cliente na questão da relação com a mídia.
O assessor é a pessoa que deve ter autonomia e conhecimento suficientes para falar em nome do assessorado. Não apenas questões de interesse da corporação ou do profissional junto à imprensa, mas também de impor limites na exposição do assessorado. Esta relação não é construída imediatamente, logo na assinatura do contrato. É moldada ao longo do tempo, a partir de uma relação profissional alimentada por reuniões, conversas, embates e participações em eventos, entre outros.
Com a proximidade dos personagens (cliente e assessor), é natural que uma relação de confiança surja. Que nas conversas de pautas, outros temas venham à tona e um pouco da personalidade de cada um apareça. E isto é fundamental no trabalho do assessor. Conhecer o seu cliente. Ele gosta de aparecer em fotos? De falar em número e valores? De participar de eventos sociais? Ele se sente à vontade em uma coletiva, em discursar?
São situações que não são necessariamente determinadas por regras. Mas que o feeling do assessor percebe ao conviver mais e mais com o assessorado. Em tempo, este convívio é regido pela ética e confiança entre as partes. O papel do assessorado não é ser confidente ou o melhor amigo do cliente. Mas criar uma relação saudável e de confiança que possa facilitar as suas atribuições diárias.