Central de Cases com palestra sobre Planejamento estratégico para Organizações Inteligentes

13 de agosto de 2012


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Cerca de 170 pessoas estiveram presentes na palestra do consultor em Informação e Estratégia, Denis Alcides Rezende, que falou sobre “Planejamento Estratégico para Organizações Inteligentes”. O evento aconteceu na última terça-feira (07) no auditório da ESIC Business & Marketing School. Rezende abriu a sua palestra contando um pouco da sua história pessoal e apresentando o seu currículo, que inclui a autoria de 18 livros, com mais de 50 mil vendidos.

“Eu não vou falar nenhuma novidade, vou fazer apenas provocações”, afirmou, complementando que os projetos de inteligência no Brasil existem desde a década de 50. Para ele, é preciso conhecer as diferenças entre administração, gestão e planejamento. “As pessoas têm dificuldade com o planejamento, que deve ser adequado, dinâmico e participativo. E com a informação, que tem que ser sistematizada, oportuna e personalizada. São duas palavras chaves”, disse.

Hoje é possível dizer que para se fazer um planejamento estratégico inteligente é preciso avaliar quatro pontos: erros da organização, objetivos, estratégias e ações. “O resto é sofisticação”. Por que planejar? Para obter a inteligência organizacional, sobrevivência e perenidade, maximizar os lucros, alternativa de rentabilidade, estabelecer premissas e prioridades, ações concentradas nos objetivos, contraponto para incertezas, entre outros.

Inteligência organizacional – A inteligência organizacional é algo diferente do trivial, do comum, do básico, “é um modelo de gestão desafiador”, afirmou. Uma organização inteligente possui um sistema de monitoramento como maneira organizada de coletar, analisar e disseminar informações estratégicas. Com isso,visa melhorar a decisão dos negócios e para levar mais informações para um número maior de usuários dentro da organização. Um outro conceito define que a organização promove soluções por meio da integração do saber, ser e conviver e do saber fazer. “É uma abordagem mais humana de inteligência”, disse.

Rezende explicou que se facilita a inteligência organizacional promovendo a sinergia entre as funções, adequação das pessoas e tecnologia, planejamento estratégico e de informações, gestão de informação e conhecimento e práticas de inteligência competitiva. Neste momento, o especialista apresentou algumas provocações para reflexão que envolvem organizações que não desenvolvem práticas inteligentes. “Um posto de combustível pode abastecer veículos, um hotel pode hospedar clientes e uma farmácia pode até vender remédios. As suas organizações são inteligentes?”, questionou.

É inteligente discutir o negócio da organização, dividido em negócio simples, ampliado e produtos ou serviços. A inteligência se faz com base nas informações e conhecimentos, que são pertinentes às pessoas. “Em uma organização inteligente todos vendem os produtos ou prestam os serviços”, afirmou. Mas isso, revelou Rezende, é muito difícil realizar. São diversas as barreiras, como falta de mão de obra, falta de cultura organizacional, ter critérios diferenciados de reconhecimento, dificuldade de gestão, adaptar-se a velocidade das mudanças, entre outros. “Os desafios são vários, como alinhar pessoas e o negócio, ter pessoas comprometidas e capacitadas, tecnologia de informação atuando como ferramenta estratégica, geração de informações oportunas  e conhecimentos adequados e personalizados e planejamento apropriados”, falou. Na sequência, Rezende mostrou como se aplica a inteligência organizacional na prática, através da sua experiência como consultor.

Planejamento estratégico – “Pensamento estratégico é olhar para o futuro sem perder o agora”, disse ao introduzir o tema para os presentes. O planejamento é um processo que se torna um projeto, é preciso criar a ideia. É importante entender a organização, conhecer o local, adotar o conceito do projeto, definir seu objeto, a metodologia, a sua equipe, divulgá-lo, capacitar os envolvidos, definir os instrumentos de gestão e elaborar o orçamento. “Esta é a fase zero, se não tiver um plano de trabalho mínimo, nem inicie o projeto”, disse.

Ainda compõe o planejamento estratégico a definição das diretrizes organizacionais, com os objetivos da organização, “alvos qualificados e quantificados, metas a serem atingidas, o que, quanto e quando”, disse. Na próxima fase, montar as estratégias, “fugir daquelas que são triviais”. Na seguinte são os controles organizacionais e, por fim, determinar a gestão estratégica.

Segundo Rezende o sucesso depende de alguns fatores críticos que ele elencou, como vontade, liderança e aprovação da alta administração,capacitação e motivação constante, investimento financeiro, tecnológico, conceitos, preceitos e métodos aplicados, entre outros. Como implantar o planejamento estratégico e a execução do planejamento estratégico, efetivação e alinhamento do processo estratégico, agenda formal do comitê gestor, capacitação constante, revisão dos indicadores e resultados, gestão de planos de ações, escritório de projetos e processos e contribuições para inteligência organizacional.

A conclusão que Rezende mostrou foi que as organizações devem crescer e andar ir numa linha reta ou irão quebrar. “O mediano é trivial. Uma organização inteligente tem atitude”, finalizou.

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