
Evento acontecerá de 25 a 27 de novembro e promete ser o maior da história do setor, com expectativa de movimentar mais de R$ 250 milhões em negócios
A Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP) promoveu na manhã desta terça-feira (11) o café da manhã e coletiva de imprensa de lançamento da 4ª edição da Feira Internacional da Mandioca (FIMAN). O evento, realizado na sede da entidade, reuniu autoridades, lideranças empresariais, representantes de instituições parceiras e veículos de comunicação, marcando oficialmente o início da contagem regressiva para o maior encontro do setor da mandiocultura.
A FIMAN 2025 será realizada nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no Parque Internacional de Exposições Costa e Silva, em Paranavaí (PR), com entrada gratuita das 13h às 20h. A feira reunirá produtores, pesquisadores, indústrias, exportadores e investidores para três dias de intensa programação, que inclui exposição de tecnologias, rodadas de negócios, palestras técnicas, Ideathon (maratona de inovação) e o tradicional Dia de Campo, realizado no último dia do evento.
A expectativa dos organizadores é superar os 7 mil visitantes da edição anterior e ultrapassar a marca de R$ 250 milhões em negócios gerados, consolidando Paranavaí como a capital mundial da mandiocultura industrial.
“A mandioca mudou a história de Paranavaí”, afirma o presidente da ACIAP
O presidente da ACIAP, Ed Wilson Baldan Mendes, abriu a coletiva agradecendo aos parceiros e ressaltando a importância simbólica e econômica da feira para o município. “Não é fácil fazer uma feira dessa grandeza, e por isso quero agradecer a presença e o apoio de todos — imprensa, autoridades, diretores, colaboradores e patrocinadores. Sem a imprensa, por exemplo, a notícia não chega onde precisa chegar. A FIMAN é fruto da união de muita gente que acredita no potencial dessa cultura que mudou a história de Paranavaí.”
Ed fez um resgate histórico da economia local e destacou o papel transformador da mandioca no desenvolvimento regional: “Nos anos 70, Paranavaí era uma cidade essencialmente cafeeira, vivia de uma monocultura. Depois veio o boi e, com o tempo, a diversificação. Entre as novas culturas que se firmaram, a mandioca foi uma das mais importantes. Hoje, graças a essa diversidade e à força da agroindústria, a economia do município é sólida, e a mandioca é um dos pilares disso.”
Com entusiasmo, o presidente da ACIAP destacou também a versatilidade da cultura, que se tornou símbolo de inovação e sustentabilidade. “Hoje, da mandioca se faz tudo — não é só farinha ou polvilho. A mandioca virou insumo para cola, cerveja, cachaça, tecidos, plásticos e até bioprodutos. Nada se perde: a folha alimenta o gado, o caule vira muda, e a raiz gera dezenas de produtos. É uma cultura completa, que representa o presente e o futuro do agronegócio brasileiro.”
Mais de 8 mil visitantes esperados e delegações de 10 países
Em seguida, o presidente do Comitê Organizador da FIMAN, Ivo Pierin Júnior, apresentou as projeções e novidades da quarta edição, que promete ser a mais grandiosa já realizada. “A FIMAN é um espaço de integração entre quem produz, quem transforma e quem investe. Esperamos mais de 8 mil visitantes, vindos de 25 estados e do Distrito Federal, além de delegações internacionais de mais de 10 países, entre eles China, Estados Unidos, Reino Unido, Gana, Angola, Guiné e Trinidad e Tobago. Esse é um marco para a mandiocultura brasileira.”
Pierin destacou o papel estratégico do evento na consolidação do Brasil como potência no setor. “O comércio mundial de mandioca movimenta cerca de US$ 5 bilhões por ano, e o Brasil participa com menos de 1%. Isso mostra o tamanho da oportunidade que temos. Somos grandes produtores, mas ainda exportamos pouco. A FIMAN existe para aproximar o Brasil do mercado internacional, conectando inovação, tecnologia e investimento.”
“Teremos rodadas de negócios organizadas pelo Sebrae, o Dia de Campo com demonstrações em lavoura, o Ideathon, que vai reunir jovens e startups para criar soluções inovadoras, além de palestras e painéis técnicos sobre sustentabilidade, mercado e novas tecnologias. A mandioca é uma cultura democrática, que envolve pequenos, médios e grandes produtores — e todos têm espaço na FIMAN”, disse o dirigente ressaltando também o caráter técnico e prático da programação.
Para Pierin, o sucesso da feira é resultado da força coletiva. “Desde a primeira edição, a FIMAN se tornou um projeto que ultrapassa fronteiras. É o setor produtivo mostrando sua capacidade de inovação e de geração de valor. Paranavaí se consolida como um centro de excelência mundial na produção e transformação da mandioca.”
Prefeito celebra o amadurecimento de um sonho coletivo
O prefeito de Paranavaí e idealizador da FIMAN, Maurício Gehlen, encerrou a coletiva emocionado, destacando o orgulho de ver o evento crescer e se consolidar ao longo dos anos. “É um orgulho enorme, agora na condição de prefeito, lançar a 4ª FIMAN. Esse é um sonho sonhado junto, desde 2016, quando ainda presidia a nossa entidade de classe. Naquela época, acreditamos que, unidos, poderíamos fazer a diferença — e conseguimos. Hoje, a feira é um patrimônio de Paranavaí.”
Gehlen ressaltou o peso da região no cenário nacional da mandiocultura. “O Paraná é responsável por 65% da produção brasileira de fécula, e a região de Paranavaí concentra 45% dessa produção. Isso mostra que a cidade é, de fato, o coração da mandiocultura industrial do Brasil. Quando a gente vê hotéis lotados, restaurantes cheios e visitantes chegando de todas as partes, percebemos o quanto a FIMAN movimenta a economia e promove nossa cidade.”
O prefeito também destacou o papel das parcerias institucionais na consolidação da feira. “Agradeço ao Governo do Estado, à Assembleia Legislativa, ao Sebrae e à imprensa. Sem o envolvimento de todos, nada disso seria possível. A FIMAN não é da prefeitura, nem da ACIAP, é de toda a cidade. Quando a gente une as mãos, faz a diferença. A FIMAN mostra que Paranavaí é uma potência do agronegócio e do desenvolvimento industrial.”
Sobre a FIMAN 2025
A Feira Internacional da Mandioca (FIMAN) é realizada pela ACIAP, em parceria com o CETEM (Centro de Tecnologia Mineral), o Sindicato Rural de Paranavaí, a Sociedade Rural de Paranavaí e a Prefeitura Municipal de Paranavaí.
Em sua quarta edição, o evento reforça a vocação do município como referência em inovação, tecnologia e sustentabilidade na cadeia produtiva da mandioca, reunindo toda a cadeia — do campo à indústria — em um ambiente de negócios e conexões globais.