Rotatividade diminui nas empresas do Paraná

30 de setembro de 2013


A média anual de 40,4% é a mais baixa dos últimos três anos

As empresas paranaenses estão retendo cada vez mais os seus empregados. De 2011 para 2012, a rotatividade média diminuiu quase 10%, ficando em 40,4%. A Rotatividade Voluntária, ou seja, a decorrente dos pedidos de demissão pelos empregados, ficou no mesmo patamar do ano anterior, cerca de 16 % ao ano. Isto significa que as empresas estão demitindo menos e os índices de desemprego do Estado ainda favorecem os profissionais que estão à procura de novas oportunidades e avaliando as opções de emprego. Esses dados e de outros 10 indicadores do mercado paranaense estão disponíveis no 5° Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos, estudo elaborado pela Bachmann & Associados, em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Paraná (ABRH-PR) e o Instituto Superior de Administração e Economia do Mercosul (ISAE/FGV). O levantamento foi feito com base em dados de 176 empresas e correspondem a um universo de mais de 200 mil funcionários – cerca de 7% dos profissionais com carteira assinada no Estado.

Um dos pontos negativos que o estudo mostra é a manutenção da média de 10,22 acidentados por milhão de horas trabalhadas. É o indicador Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA), que totaliza os acidentes em que o funcionário não retorna ao trabalho no dia seguinte. E o segmento com o maior crescimento de ocorrências é o de Serviços, com média de mais de 8,80. “Em comparação com 2011, a TFCA do setor cresceu de 7,08 para 8,83 de acidentados por milhão de horas trabalhadas, enquanto o setor Industrial caiu de 14 para 9,50 acidentados”, explica Dórian Bachmann, diretor da Bachmann & Associados.

As Horas Extras vêm crescendo gradativamente desde 2009 e, na média da amostra, representam 5,1% das horas trabalhadas. De acordo com Bachmann, a prática está bastante disseminada nas empresas, “em algumas, os valores são muito significativos o que podemos entender como uma estratégia, já que há falta de mão especializada no mercado”, complementa.

Sobre o Benchmarking

O Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos é feito desde 2009 e analisa 12 indicadores: Rotatividade, Rotatividade Voluntária, Retenção 90 dias, Absenteísmo, Absenteísmo Médico, Índice de Horas Extras Pagas, Grau de Terceirização, Participação do Salário Variável, Grau de Escolaridade, Índice de Treinamento, Equidade de Gênero e Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA).

Segundo a presidente da ABRH-PR, Daviane Chemin, este material deve ser analisado com profundidade pelas empresas e compartilhado entre os profissionais de gestão das organizações. “É uma fotografia nítida da nossa realidade e da forma que gerimos as pessoas. É muito importante se debruçar sobre este material e, conforme a estratégia de cada organização, estabelecer as metas e planos de melhoria na gestão de pessoas nas empresas para o avanço nos negócios” afirma.

O presidente do ISAE, Norman de Paula Arruda Filho, confirma a importância da pesquisa para o desenho de estratégias mais competitivas e sustentáveis, baseadas em metodologias e indicadores de qualidade, às empresas. “O Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos, desde a sua criação, vem se mostrando um forte instrumento de análise que deve servir de insumo para a condução mais assertiva da gestão das empresas. O relatório não traz apenas um panorama de dados do segmento de recursos humanos, mas um forte mecanismo para embasamento de tomadas de decisões estratégicas de reforço”, finaliza.capa_benchmarking_2013_v2_frente

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