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Redes sociais têm novo mediador

23 de fevereiro de 2012


A figura do Cibergestor, responsável pelas relações virtuais das empresas,
tem se tornado indispensável no meio corporativo

É difícil encontrar uma empresa que não tenha um perfil nas redes sociais, um blog, uma conta no Twitter. A internet faz parte da vida das pessoas e se mostra uma área de atuação promissora para novas funções. Em 2012, o mercado de trabalho promete ser aquecido para uma nova categoria: o Cibergestor. Responsável pela gestão das redes sociais corporativas, a figura tem se tornado indispensável no quadro funcional das grandes empresas que perceberam que seu sucesso está diretamente atrelado ao relacionamento digital com o usuário.

De acordo com o gestor de mídias sociais Leandro Pascoal, só em Londrina são quase 174 mil pessoas, na faixa de 13 a 64 anos, cadastradas no Facebook. ”Mais de 60% dos internautas utilizam as mídias sociais para atendimento.Isso implica que esse é um canal de grande expressão que teve um crescimento extraordinário em menos de dois anos”, afirma.”É uma tendência que vem chegando tímida ao mercado e vai explodir em 2012. O mercado está escasso de profissionais qualificados para essa função”, afirma.

Levantamento feito pela FOLHA aponta que os salários de um cibergestor em Londrina varia de R$ 1.200 a R$ 2 mil. Em São Paulo, a faixa salarial para essa função vai de R$ 2.500 a R$ 3.500. Um nicho de mercado dos mais promissores, no qual podem atuar profissionais das mais diversas áreas, como relações públicas, jornalistas, publicitários, economistas, analistas de marketing, administradores entre outros

Para se inserir nesse segmento os profissionais precisam demonstrar aptidão para mediar conflitos, ter talento para relacionamentos interpessoais, conhecer muito bem o produto que será oferecido e a empresa que o oferece como um todo.”O cibergestor torna-se o relações públicas do mundo digital com total autonomia para escrever e responder em nome da empresa tanto as críticas como os elogios”, afirma o gerente de Marketing da Angelus Tecnologia e Inovação, Felippe Gubert.

Recentemente a empresa postou no Youtube um produto que ainda seria lançado no mercado e sem qualquer divulgação conseguiu um resultado surpreendente. ”Em menos de três dias mais de mil pessoas acessaram a campanha que ainda seria divulgada. O resultado foi oito vezes maior que qualquer publicidade feita até então”, afirma.

De acordo com Pascoal, a corporação que não investe nas mídias sociais, não prepara seu funcionário, só tem a perder para o concorrente. ”As empresas precisam estar onde as pessoas estão e a maioria delas está conectada a alguma rede social e para isso precisa saber como atuar”, diz. ” Esse é um reflexo de que as redes sociais estão se solidificando como um canal direto entre cliente e fornecedor, onde os consumidores criaram o hábito de recorrer a esses canais para elogiar, criticar e comprar”.

O termo Cibergestor foi criado pela pesquisadora Sandra Machado, que identificou esta necessidade a partir da pesquisa ”Cidade Virtual: Estudo de caso sobre uma Cidade Virtual Corporativa”, criada pela empresa paranaense Learnway, de Curitiba. De acordo com a pesquisadora, o cibergestor pode ser caracterizado como um profissional, perspicaz, proativo e comunicativo, que representa a presença constante da empresa dentro da comunidade corporativa. ”Sua atribuição é desempenhar uma mediação sensível e empática, atentando a comunicação e as relações interpessoais entre os membros no âmbito pessoal e profissional, incentivando os comportamentos positivos e reconhecendo as manifestações emocionais que possam surgir entre eles.

FONTE: Kalinka Amorim/Folha de Londrina

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