O professor e presidente do Comitê Científico da ABRH-SP, Pedro Martins, abriu as atividades do segundo dia do XII Congresso Paranaense de Recursos Humanos, que está acontecendo no Cietep. Com o tema “Recursos Humanos com os pés no futuro”, Fernandes traçou um panorama da evolução do profissional de RH dentro das organizações. Segundo ele, esta nova visão advém do início dos anos 90, culminando com a globalização que gerou muita competitividade, “hoje já não se trata de gerir pessoas, mas com pessoas, pois o principal capital das empresas passou a ser o conhecimento”, afirmou.

As políticas de RH devem estar alinhadas com o negócio da empresa para gerar valor econômico. A gestão estratégica de pessoas não é desenvolvida necessariamente apenas para dentro da empresa, mas também para o mercado. “A estratégia é sempre desenvolvida para o futuro, em uma gestão aberta”, disse.

De acordo com Fernandes, há mais de 20 anos a gestão estratégica das pessoas é objeto de estudo científico dentro das organizações, comprovado através do conhecimento pelo método experimental ou pela meta análise. “Ao falarmos do RH do futuro passamos necessariamente pelo RH científico”, disse.
Apesar de um conceito que já está no dia a dia de muitas empresas, há alguns pontos de resistência para a aplicação do RH estratégico. “Está principalmente ligada a contradição entre os discursos e as práticas da gestão de pessoas, além das práticas serem focadas na eficiência e não na eficácia das pessoas”, descreveu Fernandes.

No início dos trabalhos, o diretor de Marketing da ABRH-PR, Eduardo Amorim, apresentou em primeira mão aos presentes o Benchmarking 2011, uma parceria com a ISAE/FGV e a Bachmann Consultores e Associados. “Foram 102 empresas participantes num universo de mais de 150 mil colaboradores. São vários indicadores que funcionam como bússola para o gestor de RH”, declarou Amorim. O Benchmarking será lançado no dia 10 de novembro na ISAE/FGV e também em fevereiro no Bom Dia RH, evento organizado pela ABRH-PR.