Pesquisa revela o perfil e desafios das mulheres no mercado de comunicação

31 de maio de 2022


A segunda edição do estudo “A Mulher na Comunicação – sua força, seus desafios”, divulgado recentemente, revelou um pouco do perfil das mulheres que trabalham no setor de comunicação, além de apontar alguns dos desafios relacionados ao gênero nas empresas. O levantamento, conduzido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), contou com a participação de 554 profissionais de diversas organizações e regiões do país.

 

Das profissionais ouvidas pela pesquisa, 64% fez ou está fazendo especialização ou MBA, 10% estão ou estiveram em processo de mestrado e 4% estudam ou já completaram o doutorado. Mais da metade (52%) exerce papéis de lideranças nas instituições: 11% em nível de diretoria ou vice-presidência; 18% em nível de gerência; e 23% em nível de coordenação ou supervisão. A maior parte (54%) trabalha na mesma empresa há menos de 10 anos, enquanto 14% dedicam-se ao mesmo local há mais de 15 anos.

 

A Comunicação Interna (71%) e Externa (70%) foram as atividades mais integradas ao cotidiano das participantes. Na sequência, foram identificadas as seguintes áreas: Mídias Digitais e Sociais (61%); Relações com a Imprensa (60%); Eventos (59%); e Gestão de Crises e Riscos (51%). Em meio a tantos desafios inerentes aos setores, encontrar o “equilíbrio entre a vida pessoal e profissional” foi citado por 67% das mulheres como a questão mais importante no ambiente de trabalho.

 

Olhar por gênero

 

Na discussão de gênero, foram apontadas como as principais limitações das empresas: a falta de treinamento para as mulheres (38%); poucas promoções para as profissionais (37%); falta de sororidade (36%); tratamento desigual entre os gêneros (28%); os menores salários pagos às mulheres (24%); e o assédio por parte dos colegas de trabalho (17%). A última problemática, inclusive, foi experienciada por 72% das participantes, enquanto 77% relataram ter presenciado episódios da mesma natureza.

 

A implementação de políticas institucionais específicas é vista como uma forte aliada para a equidade de gêneros nas empresas (81% das participantes), porém apenas 29% das instituições envolvidas na pesquisa adotam tais práticas. Para atingir o objetivo, foram sugeridas: mudanças na cultura organizacional (51%); estratégias afirmativas de igualdade de oportunidade entre os gêneros (49%); mudanças nas políticas e práticas de recrutamento e seleção (43%); e ampliação do número de mulheres em papéis de tomada de decisão (40%).

A pesquisa na íntegra aqui.

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