Os vícios da economia moderna e dicas para os negócios em 2021. Claudia Kodja convida empresários à ação durante o Viasoft Connect

17 de dezembro de 2020


A partir da análise da economia mundial ao longo da história, palestrante apontou possíveis caminhos para sair da crise durante a pandemia

Todos os negócios estão enfrentando desafios em 2020. Em sua apresentação no Viasoft Connect, a historiadora econômica Claudia Kodja fez um convite aos líderes, empresários e empreendedores: “não espere a pandemia passar para agir”. A partir de uma análise das principais crises mundiais das últimas décadas, Kodja trouxe um cenário que aborda os vícios da economia moderna, os desafios atuais e as premissas para o futuro. De acordo com a profissional, o endividamento brasileiro é um dos grandes entraves para a retomada do país. “Culturalmente, tratamos a crise sem economizar nas despesas, mas vastas quantias por meio de crédito. Ao invés de cortar despesas, aumentamos as dívidas, pois há crédito com juros mais baixos”, pontua.

Durante a fala, também foram apontados outros entraves, como o ceticismo em relação às lideranças políticas nacionais e mundiais, a falta de estratégia dessas lideranças e a falta de compromisso com problemas urgentes, como a desigualdade de renda, questões ambientais e sociais.

Convite à ação

Há pelo menos três grandes tendências para superar a crise, que devem ser observadas pelo mercado. Kodja citou a desglobalização, com países produzindo de forma autossuficiente, a supremacia tecnológica com a chegada do 5G e o ativismo social. “Empresas e pessoas que não se posicionarem frente a questões ambientais, éticas, tecnológicas e segregacionistas, possivelmente pagarão caro. Não basta ser ético, inovador, ter uma área de compliance. É preciso atuar e formar uma imagem da marca sobre esses temas”, ressaltou.

Claudia Kodja encerrou sua palestra com dicas para quem busca agregar valor aos negócios e navegar por 2021 com maior confiança. “Comece pelas pessoas, elas são o ativo mais importante. Incentive as ideias: procure menos um unicórnio e mais uma solução de problemas. E, por fim, preste atenção aos nichos de mercado. É neles que as grandes corporações não conseguem chegar, e onde estão enormes oportunidades de negócio. Fique sempre de olho no seu consumidor, no que ele realmente precisa”, finalizou.

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