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Exército de superagentes

24 de agosto de 2010


Copa do Mundo 2014 desperta investimentos do setor de segurança privada, que capacita profissionais para atender demanda por segurança VIP durante o evento

 A contagem regressiva para a Copa do Mundo 2014 já foi iniciada. Com isso, empresas e profissionais começam a pensar em maneiras de se aprimorar para aproveitar um evento que promete mexer de forma positiva com a economia do País.

Um exemplo é o Centro de Educação de Vigilância Lyder, coordenado pelo Grupo Lynx de Vigilância Patrimonial, que aposta no curso SPP-Segurança Pessoal Privada com a proposta de tornar o profissional apto a executar com qualidade serviços de segurança VIP prestado a clientes diferenciados. Importado das Forças Armadas, o serviço era usualmente oferecido a militares de alto escalão, mas hoje em dia é bastante procurado por parlamentares, grandes empresários e industriais, pessoas com alto poder aquisitivo ou que estejam enfrentando situações de risco.

            A ideia da Lyder é tornar-se uma referência neste assunto e prestar o serviço a delegações e autoridades que prestigiem a Copa no Brasil, uma vez que a atuação da segurança pública estará restrita a espaços abertos. “O trabalho do segurança VIP, ou guarda-costas, envolve conhecimento, habilidade, tranqüilidade e perícia técnica”, explica o instrutor de segurança pessoal privada Alexandro Luiz Barbosa, que coordena o curso na Lyder. Há 21 anos no mercado, Barbosa conta que o curso SPP-Segurança Pessoal Privada é habilitado pela Polícia Federal, com níveis que vão do básico ao nível 3. “Quem cursar o nível básico, com duração de 40 horas, já estará capacitado para atuar como VIP. No entanto, profissionais que buscam um diferencial e mais conhecimento, terão acesso nos níveis seguintes a informações sobre armamento e tiro, defesa pessoal, técnicas de direção defensiva, ofensiva e evasiva, formas de entrar e sair de um confronto, previsão e combate a incêndios e a segurança pessoal privada em si”.

Uma nova visão do profissional da segurança

Se até pouco tempo atrás o profissional de segurança era visto como “leão de chácara”, hoje os contratantes têm consciência das implicações e do custo de colocar sua vida nas mãos de um profissional despreparado. “O trabalho do segurança VIP não implica necessariamente no uso de força bruta, ele consiste muito em agir pensando em estratégias de fuga”, diz Barbosa.

Além disso, o segurança deve tomar uma série de cuidados, como a escolha correta do traje (o terno e gravata são abolidos muitas vezes para que o agente passe despercebido na multidão), ter acesso antecipado à agenda do cliente (para prever riscos e entrar em contato prévio com autoridades competentes), estudar itinerários e rotas de fuga, entre outros. “O grau de aproximação entre cliente e segurança VIP é tão alto que precisamos conhecer a fundo a rotina e até mesmo detalhes como o seu grupo sanguíneo, caso aconteça algum acidente”, exemplifica. “Hoje em dia o segurança não conversa mais com secretários ou assessores, ele trata diretamente com o cliente. O sucesso neste trabalho está em saber e prever os pequenos detalhes e na confiança mútua”.

Como complemento ao curso, o Grupo Lynx firmou um convênio com o SESC/SENAC para favorecer o acesso dos alunos a aulas de idiomas ministradas pelo Sistema, como inglês, francês e espanhol. “O bom desempenho e vasto conhecimento, aliados à fluência em outra língua, representam mais um diferencial no currículo do segurança”, comenta Marcus A. Guidio, diretor executivo do Grupo Lynx.

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