Discussões dos Conselhos: compliance, governança corporativa e educação continuada

14 de março de 2019


O painel “Discussões dos Conselhos: compliance, governança corporativa e educação continuada” iniciou com a participação do vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, João Carlos Castilho Garcia, que falou sobre o profissional de contabilidade e a proposta de educação continuada do Conselho. “O contador é o formador da base de informações contábeis e econômicas para rastreamento de perícias. O programa de educação continuada é importante para o aperfeiçoamento do profissional e melhoria das análises periciais realizadas”, disse.

 

O presidente do Conselho Regional de Contabilidade (Corecon), Carlos Bittencourt, falou que a governança corporativa envolve a transparência, integridade, a prestação de contas e o compliance. Com a Lava Jato percebemos o quão importante é a discussão tema, a legislação é a base para dar segurança aos stakeholders. “No Brasil há a Lei Anticorrupção que trata da parte administrativa e civil, que tornou mais clara a relação bilateral entre um fornecedor e o cliente público. Também, a Lei das Estatais e deu uma sustentação aos entes públicos”. Ao fim, citou que o Corecon também possui cursos de capacitação aos peritos econômico-financeiros.

 

O vice-presidente de Administração e Finanças do CRC-PR, Laudelino Jochem, falou que mais de 60% dos crimes econômico-financeiros cometidos no Brasil estão relacionados à falta de valores éticos e morais, ara ele, de nada adiantaria os melhores programas sem esses valores estarem arraigados junto aos colaboradores nas organizações. “Descobri que o ser humano é movido a agir dentro de grupos, que agem por determinadas afinidades. Quando os valores éticos são fortes, traz resultados. Trazendo para o compliance, como levar os valores que a empresa acredita, vejo que se deve ter um braço fora das suas paredes e atingir aos grupos familiares dos funcionários”.

 

Por fim, o advogado Fábio Losso que também focou a sua apresentação sobre o compliance e a governança corporativa. Existe uma pesquisa em que 10% das pessoas são criminosos contumazes, 70% são os chamados “swingers”, cujos valores não estão bem instituídos, e 20% têm maior retidão. “A governança corporativa veio num contexto de separação de propriedade e gestão, começaram a ser instituídas por reguladores de mercado e pelas leis. Trouxe alguns mecanismos de anteparos, os Conselhos, os comitês, auditoria – que se resume em burocracia, traz benefícios, mas também uma barreira visível à inovação”.

Painel2_geral

Contato