Curitiba sedia 51º Congresso Paranaense de Cardiologia com foco no futuro da especialidade

2 de agosto de 2025


Começou oficialmente nesta sexta-feira (1º), em Curitiba, a 51ª edição do Congresso Paranaense de Cardiologia. Realizado no Viasoft Experience e promovido pela Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC), o evento segue até sexta-feira (2) reunindo mais de 800 especialistas em uma programação intensa de mais de 130 palestras e 20 horas de conteúdo. Sob o tema “Satisfação em ser atual, valor em ser paranaense. Redefinindo o papel da Cardiologia – cenários atual e futuro”, o congresso propõe um mergulho nos avanços da especialidade, estratégias terapêuticas e a transformação do cuidado cardiovascular.

Na solenidade de abertura, o presidente da SPC, Cardiologista Willyan Issamu Nazima (foto), destacou o caráter transformador do encontro. “Todos os dias definimos prioridades que orientam nossas ações, hábitos e comportamentos. Obrigado por escolherem estar aqui. Hoje iniciamos uma jornada científica que redefine a Cardiologia e seu papel no futuro”, afirmou.
Nazima também celebrou sua trajetória na entidade. “Há 18 anos decidi fazer parte da SPC, e há dois anos aceitei o desafio de ser presidente. Só tenho a agradecer por essa jornada indescritível em termos de conhecimento. Agradeço à SBC, à SPC, ao Dr. Manuel Canesin, que me introduziu na sociedade, e a todas as gestões e diretores que me acompanharam.”

Responsável pela organização científica do evento, o presidente do Congresso, Cardiologista José Knopfholz, ressaltou a dedicação da equipe envolvida. “Foram dias e noites de trabalho intenso, com um enorme senso de compromisso na construção de uma grade científica que alia ciência e prática. Estamos reinventando a Cardiologia no Paraná, que já é a maior do estado e uma das mais relevantes do sul do Brasil”, disse.

Knopfholz destacou ainda a transformação pela qual passa a especialidade. “Vivemos uma revolução silenciosa e profunda. A inteligência artificial, a telemedicina e os novos dispositivos estão mudando nossa prática diariamente. É fundamental evoluir sem perder o essencial: operar com dados, mas também com empatia. Reinventar a Cardiologia é um ato coletivo de responsabilidade com o futuro”, concluiu.

O diretor científico do Congresso, Cardiologista Alcirley de Almeida, reforçou o caráter colaborativo do evento. “Esse é um momento de reconhecimento e agradecimento. Desejo a todos um excelente congresso”, declarou.

Representando a Associação Médica do Paraná, o presidente da entidade, Cardiologista José Fernando Macedo, prestou apoio à iniciativa. “Parabenizo a SPC pela realização de mais um belo congresso”, afirmou brevemente.

Já o Cardiologista Gerson Bredt, representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia, fez um tributo à história da especialidade. “Não seria cardiologista se não tivesse assistido a tantos grandes nomes ensinando aqui. Não estaria na SPC se não tivesse sido alçado à posição pelo Dr. Walter Assunção. Amigos e colegas de caminhada, nada funciona se os congressos não acontecerem, se as diretrizes não forem escritas e se a vida associativa for fraca”, citou, recomendando aos jovens estudantes presentes a associação à SPC.

A cerimônia contou ainda com a presença da Secretária Municipal de Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak, representando o prefeito Eduardo Pimentel. “É uma honra representar a cidade em um evento em que a saúde pública está presente. A SPC é símbolo de ciência e conhecimento. Curitiba é referência nacional no SUS, especialmente na área cardiovascular, uma das principais causas de mortalidade. Que sejamos tão inteligentes nas ações de saúde quanto somos em tecnologia, e que um dia a doença cardiovascular deixe de ser a principal causa de morte em nossa cidade”, disse.

Por fim, a deputada federal Márcia Huçulak, representando a Assembleia Legislativa do Paraná, lembrou o pioneirismo do estado na área. “Antes de deputada, sou profissional de saúde. O Paraná realizou seu primeiro transplante cardíaco em 1985, e de lá para cá, a Cardiologia avançou muito. Ainda assim, perdemos 50 pessoas por dia no estado por problemas cardiorrespiratórios, sendo 1,4 mil mortes precoces que poderiam ser evitadas. A Sociedade Paranaense de Cardiologia é uma referência no estado e tem um papel fundamental nesse enfrentamento”, resumiu.

O Congresso segue até sábado (02/08) com sessões dedicadas à prática clínica, inovação tecnológica, cardiologia intervencionista, saúde populacional e perspectivas futuras da especialidade, reunindo nomes de destaque da Cardiologia brasileira e internacional.

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