Começa em municípios de Santa Catarina a fase de comunicação e engajamento do Método Wolbachia

9 de julho de 2025


Os municípios de Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville dão início a uma nova etapa na luta contra a dengue, Zika e chikungunya: a fase de comunicação e engajamento do Método Wolbachia, tecnologia inovadora e sustentável conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), em parceria com o Ministério da Saúde, e operada pela Wolbito do Brasil. Essa fase é fundamental para aproximar a população do projeto, tirar dúvidas, ouvir percepções e promover a participação ativa das comunidades locais.

O método utiliza mosquitos Aedes aegypti que carregam a Wolbachia, uma bactéria naturalmente presente em mais da metade dos insetos da natureza e que impede o desenvolvimento dos vírus das arboviroses no organismo dos insetos. Quando esses mosquitos se reproduzem, transmitem a Wolbachia para as próximas gerações. A bactéria impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam dentro do mosquito, tornando-o incapaz de transmitir essas doenças.

Antes da liberação dos mosquitos, a equipe da Wolbito, em parceria com a Prefeitura, realiza uma série de ações informativas e educativas em escolas, unidades de saúde, espaços públicos e associações comunitárias. Também estão previstas campanhas em rádios e TVs locais, redes sociais, mídias impressas e rodas de conversa com moradores, para garantir que todos compreendam o que é o método, como ele funciona e qual seu impacto.

“O sucesso do Método Wolbachia depende da confiança e do envolvimento das pessoas. É por isso que a fase de comunicação e engajamento vem antes de qualquer ação em campo. Queremos que a população entenda, participe e se sinta parte da construção dessa solução”, explica Luciano Moreira, CEO da Wolbito do Brasil.

A tecnologia é segura, não usa produtos químicos, não altera geneticamente os mosquitos e já tem eficácia comprovada em diversos países. Em cidades como Niterói (RJ), onde o método já foi implantado, houve redução de até 70% nos casos de dengue, além de impactos positivos em Zika e chikungunya. A iniciativa é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovada pela Anvisa.

“A informação é uma forma de cuidado. Quando comunicamos de forma clara e respeitosa, abrimos espaço para que as pessoas se sintam seguras e engajadas. Nosso objetivo é trabalhar com as comunidades, não apenas para elas”, reforça Luciano Moreira.

Depois da etapa de comunicação e engajamento, será realizada a liberação dos Wolbitos no município. As solturas serão realizadas semanalmente, durante um tempo, por equipe técnica especializada, utilizando veículos e equipamentos próprios. A expectativa é que, ao longo dos meses, a presença da Wolbachia aumente de forma natural e estável na cidade.

Para saber mais sobre o Método Wolbachia e acompanhar o cronograma das ações no município, os moradores podem acessar o site oficial www.wolbito.com ou seguir os perfis nas redes sociais.

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