Case Volvo – histórias que merecem ser contadas

22 de outubro de 2012


esic_250O profissional de Recursos Humanos da Volvo do Brasil, Rubens Cieslak, esteve na ESIC no último dia 18 (quinta-feira) para contar histórias de sucesso e fracasso da empresa, considerada uma das melhores para se trabalhar no Brasil. Foi assim que o próprio Cieslak, que é formado em Engenharia e Psicologia, iniciou a sua palestra intitulada Experiências práticas em Gestão de Pessoas – A expertise de uma das melhores empresas para se trabalhar. “Sempre contamos as coisas que dão certo, mas também é importante contar o que deu errado, aquilo que deixou a empresa mais musculosa e forte”, disse.

A abertura do evento, que tinha mais de 170 pessoas presentes, foi com o coordenador de Masters, MBAs e Executive Education da instituição no Brasil, Alexandre Weiler, que compartilhou com o público a filosofia da ESIC Business & Marketing School. “Este programa é um espaço de conhecimento, para os profissionais de mercado contar suas experiências. A ESIC é uma escola internacional com sede em mais de dez cidades no mundo, com diferentes possibilidades de graduação, pós-graduação e idiomas, ao alcance de todos”, afirmou.

Cieslak procurou contextualizar a plateia sobre o Grupo Volvo e a Volvo do Brasil, além de falar sobre seu currículo e experiência profissional. Segundo ele, a empresa no país atingiu uma posição bastante interessante e já está projetando 2022 em seu planejamento estratégico. Segundo pesquisa promovida pelas Revistas Exame e Você S/A, a Volvo do Brasil ocupa a 4ª posição do ranking 2012 das 150 melhores empresas para se trabalhar, entre 500 que participaram da análise. Há oito anos a empresa participa da pesquisa e por duas vezes – 2008 e 2011 – foi escolhida a Melhor Empresa para se Trabalhar do Brasil. Este ano, conquistaram o prêmio de Melhor Empresa do Brasil em Desenvolvimento de Pessoas, “é notícia em primeira mão, da minha área, por isso estou muito faceiro”, declarou Cieslak.

A Volvo foi fundada na Suécia há 85 anos, possui mais de 100 mil funcionários e atua em cerca de 180 mercados pelo mundo. “É uma empresa global, extremamente internacionalizada e complexa”, disse. Atualmente, a Volvo atua exclusivamente com transporte comercial, com o objetivo de oferecer soluções completas aos seus clientes. Segundo Cieslak, essas soluções devem ser sustentáveis do ponto de vista de pessoas, meio ambiente e negócios. A Volvo investe pesado em tecnologia, por isso seus caminhões não são “pé de boi”, conforme disse Cieslak, e seus clientes seletos. “Temos este espírito vicking dos suecos, que estão sempre à frente”, complementou.

“Trabalhamos com energia, nada é ao acaso, precisamos de energia para implantar processos e sistemas, além da paixão pelo trabalho e o respeito pelo indivíduo. A Volvo se tornou o que ela é porque respeita as pessoas”, falou Cieslak. O Grupo ABVolvo congrega as marcas Volvo Trucks, Renault Trucks, UD Trucks, Mack Trucks, Eicher, Volvo Construction Equipament, Volvo Buses e Volvo Penta. A Volvo do Brasil – localizada em Curitiba – foi fundada em 1977. “Na época todo o eixo comercial era Rio e São Paulo e o Paraná era um estado agrícola. E os suecos montaram há 35 anos a Volvo em Curitiba”, disse. Hoje são mais de 4,5 mil funcionários no Brasil e, a partir deste ano, a unidade paranaense passou a responder por todas as operações da América Latina.

Cultura única
Em resposta a uma pergunta da plateia, Cieslak explicou que na Volvo do Brasil, os novos funcionários não passam pelas tradicionais apresentações corporativas. As pessoas interagem com o profissional, auxiliam em seu trabalho e trocam informações durante todo o dia com o funcionário. Ele já chega à indústria tendo o seu crachá de identificação, o seu local de trabalho e todos os dados necessários para desempenhar a sua atividade. E, ao final do dia, recebe uma revista com sua foto na capa como uma espécie de homenagem. “No primeiro dia de trabalho, os funcionários incorporam a cultura porque encontram uma empresa organizada. É um projeto que foi pensado para o colaborador, não há aquele excesso de informações porque elas não são absorvidas”, disse. Dentre os pilares da cultura organizacional da Volvo do Brasil estão o investimento contínuo em pessoas e manter intacto os valores da empresa, que é o que fornece a segurança no dia a dia operacional. Os processos mudam a todo o instante, sendo implementados ou melhorados, porém os valores, a missão e a visão são sempre as mesmas. “Isto não começou hoje, mas há 85 anos e os fundadores tinham esses princípios e valores”, afirmou, para ele, algumas organizações brasileiras e mundiais sofrem de “esquizofrenia corporativa”, ou seja, mudam a todo o momento, mostrando uma realidade na teoria e aplicando outra distinta na prática.

Na sequência, Cieslak mostrou os segredos para o sucesso da Volvo do Brasil, que passam por constância de propósito, integração de sistemas, investimento em educação corporativa, clima organizacional diferenciado, remuneração e benefícios atraentes, lideranças inspiradoras e recursos humanos estratégicos. Como responsável pela área de desenvolvimento de pessoas, Cieslak reitera que o seu objetivo na Volvo é desafiar as pessoas, fazendo-as se movimentar passo a passo. “É assim que temos hoje 64 mestres, sete doutores e um pós doutor. Um quadro que é superior ao que se encontra em muitas instituições de ensino”, disse.

Para inspirar equipes e funcionários, um dos principais pontos de trabalho junto aos líderes é incentivá-los a contar as suas histórias. Isto acontece a partir de intervenções diárias e realização de cursos, seguindo a filosofia de que as pessoas se identificam com a história das pessoas ao invés de gráficos ou metas. Somado a isso, o Recursos Humanos da empresa tem viés estratégico, composto por uma equipe multidisciplinar e global.

Para finalizar, Cieslak falou sobre o sistema de trabalho da Volvo do Brasil, com equipes autogerenciáveis, política de recrutamento e seleção, programa de integração, avaliação de desempenho, programa de remuneração e reconhecimento. Depois, o profissional abriu para a participação da plateia com perguntas.

Contato