A extensão do e-learning

16 de abril de 2012


Social Learning está ocupando espaço no cenário corporativo

Novas ferramentas foram potencializadas pela internet e possibilitam cada vez mais o acesso ao aprendizado sem barreiras geográficas ou temporais. O interesse pelo e-learning, ensino realizado através de meios eletrônicos, tem crescido consideravelmente, como mostra pesquisa realizada pelo e-learning Brasil, onde 62% dos executivos consultados expressaram que a adesão desta prática nas suas organizações aumentará consideravelmente ao longo de 2012. De acordo com a mesma pesquisa, 46% das organizações demonstraram que a maior rapidez no processo de treinamento, além de redução dos custos de viagens, hospedagem e transporte (29%) serão, respectivamente, as principais motivações para a adoção deste método.

Giuseppe Mosello, diretor da Learnway, empresa especializada em e-learning e redes sociais para ambientes corporativos, conta que esta prática está sendo estendida para atividades semelhantes, como é o caso do novo modelo em voga no mercado: o Social Learning. Baseado no uso das redes sociais como meio para compartilhar experiências entre os usuários, ele não exclui o e-learning, mas sim o completa. “A diferença fundamental entre eles está na mídia utilizada. Em uma empresa, por exemplo, existem pessoas particularmente experientes em um determinado setor que tem um conhecimento muito amplo e profundo do seu trabalho. Todas estas experiências ficam normalmente circunscritas ao núcleo de trabalho ao qual cada um de nós pertence. Através da rede social corporativa estas experiências podem sair deste núcleo e ser compartilhadas com o resto dos colaboradores, sendo um benefício para toda empresa. O Social Learning é exatamente isso: aprender compartilhando na rede social corporativa experiências e conhecimentos acumulados no nosso cotidiano laboral”, explica Mosello.

Segundo ele, é possível aprender a teoria sobre um determinado argumento através de um e-learning e completar os seus conhecimentos aprendendo como outros colegas aplicaram estas teorias no dia a dia de trabalho. “Se é necessário saber sobre técnicas de venda, por exemplo, é possível aprender compartilhando a experiência de um colega especialista neste assunto, por exemplo. Às vezes só o curso não proporciona tantas respostas sobre um determinado assunto e isto pode ser conseguido através da experiência de colegas que aplicaram com sucesso técnicas relativas a ele. Esta é a aplicabilidade e a vantagem do Social Learning”, conclui.

Práticas que se complementam
Mosello conta que a produção da Learnway vem dobrando ano após ano, sendo notável o crescimento dos cursos a distância (bem como a adesão ao Social Learning). “Acredito que o motivo principal do aumento tanto dos cursos presenciais quanto do e-learning dedicados a executivos seja o alto turn-over nas empresas causado por gerências com falta de liderança. A pesquisa da ABTD – Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento mostra que 44% das empresas privadas e 47% das empresas públicas declararam que a prioridade é implementar programas de desenvolvimento da liderança, exatamente para suprir esta forte lacuna nas gerências jovens das empresas brasileiras”, conta Mosello.

A empresa desenvolve, por exemplo, treinamentos a distância sob demanda, utilizando metodologias didáticas particularmente adequadas à cursos comportamentais para executivos. Um exemplo disso são os jogos didáticos baseados em simulações de decisão – decision games – onde o executivo deve analisar situações e tomar decisões. O jogo muda o percurso dependendo das decisões tomadas mostrando ao executivo o resultado imediato das mesmas. “Agora, para desenvolver um percurso de Social Learning sistêmico, é necessário ter uma rede social corporativa. A Learnway foi a primeira empresa no Brasil a desenvolver esta ferramenta: a Cidade Virtual®. Com a nossa Cidade Virtual® já é possível estruturar percursos de Social Learning, onde selecionamos determinadas áreas de conhecimento na empresa, identificamos os “Black belt” destas áreas, e registramos de forma ordenada determinadas experiências que podem ser consultadas em qualquer momento por cada colaborador, além de abrir o canal de comunicação entre todos. O aprendizado na Cidade Virtual® pode acontecer seguindo um e-learning aliado à conhecimentos com documentos complementares”, explica.

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