No último dia 05, aconteceu o segundo encontro da 1ª Missão Brasil-Chile de Gestão e Desenvolvimento Humano, na Escola de Gestão da FIEP, uma iniciativa da Metahumana Consultoria e Desenvolvimento e do Centro Intermedio de Capacitación do Chile (Corcin), que teve o apoio do Sistema FIEP e da ABRH-PR. Doze executivos chilenos, a maior parte da academia e da área de RH, participaram do evento, que teve em sua programação a apresentação do Sistema ABRH e do DNA da gestão 2013/2015 da ABRH-PR.
O propósito da missão foi projetar o Paraná como lócus da inovação, com ações relevantes para a sociedade, onde é possível associar cooperação com competitividade. A presidente da ABRH-PR, Daviane Chemin, abriu o evento e falou sobre a importância da contribuição entre os países, na sequência, mostrou o vídeo institucional da entidade. O próximo a falar foi o diretor da Metahumana, Higino Tempski, que explicou sobre a missão da Corcin. “O tema central é cooperação, o que é um desafio em todas as relações, pois somos motivados para competitividade. Temos por objetivo de estabelecer um intercâmbio técnico e metodológico entre organizações empresariais, sociais, educacionais e de consultoria dos dois países, visando cooperação e desenvolvimento bilateral”, disse.
Depois houve a apresentação de todos os participantes, cerca de 25 pessoas. A presidente do Conselho Deliberativo da ABRH-PR, Sônia Gurgel, foi a responsável por apresentar um pouco da história da ABRH-PR. O Sistema ABRH possui seccionais em praticamente todo o Brasil, a do Paraná é uma das mais antigas, fundada em 1966. “O primeiro nome da entidade foi Ipape, que tinha na época enfoque legal. Ainda hoje há pessoas da época da fundação que participam da ABRH-PR”, disse. Após alguns anos, o Ipape foi convidado a fazer parte da ABRH e, para isso, teve que modificar a sua atuação para se adaptar ao guarda chuva da entidade maior. “E com base no voluntariado de pessoas que acreditam na Associação e nos seus ideiais, permanecemos até hoje, com 47 anos de atuação”, afirmou.
Após o coffe break a vice presidente da ABRH-PR, Susane Zanetti, falou sobre a ABRH Nacional. De acordo com Susane, os pilares estatutários da entidade nesta gestão 2013 / 2016 são associatividade, representatividade, visibilidade e sustentabilidade. “A proposta nos próximos três anos é dar suporte e fortalecer as seccionais, sustentabilidade a ABRH Nacional e continuidade às ações institucionais”, disse.
A presidente da ABRH-PR, Daviane Chemin, retomou a palavra para falar sobre a entidade. Ela explicou o propósito e o DNA da nova gestão. “Queremos desenvolver protagonistas em gestão de pessoas. “E, para isso, desejamos que a entidade seja reconhecida como uma organização que educa de maneira transformadora para a descoberta das potencialidades humanas a serviço de negócios sustentáveis, que gerem prosperidade e ao mesmo tempo realização e bem estar das pessoas”, explicou sobre a missão da ABRH-PR. Na sequência, a presidente falou sobre os eixos estruturantes da Associação: Espaço de Desenvolvimento, Relação do Trabalho em Ação, Observatórios de Pessoas e Negócios, RH na Gestão Pública, Conversatórios de Aprendizagem, Da Experiência a Ação, Soluções de RH para micro e pequenas empresas e RH na Academia.
Por parte da comitiva chilena, o porta voz do evento foi o diretor do Corcin, Francisco Maldonado Bustos, que contextualizou os presentes sobre a realidade do mercado de trabalho no Chile. Apenas 10% dos trabalhadores chilenos são sindicalizados, 45% das empresas chilenas são familiares e 42% da força de trabalho é composta por mulheres. Segundo Maldonado o profissional de Recursos Humanos é visto de forma diferenciada pelas organizações. Nas grandes empresas é conhecido como “gerente de RH”, nas médias, como “chefe de pessoal”, e nas pequenas empresas como “encarregado de pessoal”. Depois, Maldonado apresentou a Corcin, empresa da qual é diretor, que atua na área de RH.
A Corcin, que é um Organismo Técnico de Capacitación (OTIC), atende a mais de 1,2 mil empresas. No Chile, mais de 80% da capacitação passa pelas OTICs, pois as empresas se associam a essas organizações. “É investido cerca de US$ 300 milhões em capacitação no Chile. Hoje, o índice de desemprego no país é de 7%, por isso é preciso fidelizar o funcionário”, disse. Para terminar, Maldonado explicou sobre o sistema de aprimoramento, subsídios governamentais para a capacitação, órgãos de fiscalização e respondeu às perguntas.
Ao final, houve um Espaço de Diálogo com todos os presentes.
Foto: Temaphoto