Com que roupa eu vou?

22 de outubro de 2012


Temperaturas mais elevadas podem contribuir para
deslizes do vestuário no ambiente de trabalho

A maneira de se vestir é um item importante na cultura organizacional. Tanto que as empresas incluem em seus Manuais de Conduta ou em políticas internas informações e regras sobre o que espera de seus colaboradores neste sentido. Segundo a diretora de Gestão Estratégica de Pessoas do Grupo UNINTER, Maria Tereza Ferrabule Ribeiro, a aparência é importante e traduz a personalidade de um profissional. “Devemos nos vestir de acordo com os ambientes que frequentamos. Por exemplo, não vamos para a praia de vestido social ou de terno e gravata”, afirma.

A Consolidação das Leis do Trabalho, no artigo 2°, assegura que o empregador tem o poder de administrar o próprio negócio e, assim, tem a concessão legal de estabelecer regras e limites de convivência. “Claro que as regras devem ser acessíveis aos colaboradores, que terão o dever de segui-las. Estando claro o que as empresas esperam das pessoas, é possível minimizar os conflitos internos e as situações desconfortáveis”, diz Maria Tereza. Independente da temperatura no dia a dia é importante prestar a atenção e evitar deslizes, como roupas muito justas, curtas, espalhafatosas, chinelos, transparências, decotes ou calças de cintura muito baixas.

Primeiro dia de trabalho
sonia-gurgelA presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional do Paraná (ABRH-PR), Sônia Gurgel, cita que nos primeiros dias em uma empresa é normal se ter insegurança com a roupa ideal a ser vestida. Ela aconselha a usar uma vestimenta mais clássica e neutra e buscar fazer uma leitura do ambiente para então perceber qual o código do vestuário – formal ou informal – praticado pela empresa. “Após isso, o profissional pode decidir pelo estilo que mais lhe agrade, tomando sempre o cuidado de não destoar”, diz.

O papel dos gestores inclui dar um feedback aos seus colaboradores sobre desempenho e comportamento. Neste caso, ao se deparar com uma conduta inadequada, é função deles orientar o novo funcionário imediatamente. “Normalmente, as empresas já inserem um capítulo referente a esse tema no seu manual de conduta, se não dispuser deste material, uma alternativa é colocar o tema para discussão e orientação na sessão de integração, que normalmente ocorre nas primeiras semanas de trabalho”, declara Sônia.

Como qualquer outro assunto relacionado aos processos de gestão, este assunto deve ser abordado com profissionalismo e de forma transparente. A empresa tem que se posicionar de forma assertiva de modo a instituir e preservar a sua cultura.

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