Economistas debatem cenário macroeconômico atual em live da NTC

6 de maio de 2020


Organizado de forma remota pela NTC&Logística, a live “O ambiente macroeconômico no meio da pandemia” recebeu o assessor técnico da entidade, Lauro Valdivia, e os economistas Alex Agostini (Austin Rating) e Bruno Musa (Acqua Investimentos) para discutir os aspectos financeiros da crise causada pela Covid-19 e possíveis cenários da retomada econômica no país. O encontro foi mediado por Rodrigo Bernardino.

 

No início da conferência, Lauro Valdivia apresentou alguns números da sétima semana da pesquisa realizada pela NTC&Logística para medir o impacto da pandemia no segmento de transportes rodoviários. De acordo com os últimos dados, coletados entre 27 de abril e 3 de maio, a variação geral da queda de volume de cargas recuou de 44,8% para 41,41% da semana anterior, apresentando uma leve resposta positiva com relação às demandas no setor.

 

“Nessa semana percebemos uma reação no segmento. A expectativa é que o cenário siga essa tendência de melhora daqui para frente, mas é preciso ter cautela e esperar os dados da semana que vem para termos certeza”, afirmou. Os dados completos da última pesquisa devem ser divulgados ainda nesta semana.

 

Nesse cenário de dificuldades, os meses de agosto e setembro devem representar o início da recuperação econômica do país, afirmou o economista Alex Agostini. Um processo gradual que deve se consolidar durante o último trimestre de 2020 e se prolongar ao longo de 2021. Ele prevê ainda que, no ano vigente, o PIB recue 3% em relação a 2019, apresentando resultados positivos apenas no primeiro trimestre de 2021.

 

“É um processo sequencial em formato de ‘U’: descida acentuada; queda em direção aos índices mais baixos; leve reação positiva; e início da retomada”, descreveu. Agostini acrescentou ainda que o país deve priorizar o controle do contágio da Covid-19, reduzindo assim os danos econômicos causados pela pandemia.

 

Para o economista Bruno Musa, a resiliência e o planejamento a longo prazo serão fundamentais para os países e empresas superarem o período conturbado. “Para isso, é necessário manter o rigor fiscal nas contas públicas, atraindo, dessa forma, o investimento do capital privado. Precisamos pensar a longo prazo no Brasil para evitar crises econômicas cíclicas em períodos curtos”, complementou.

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