4º Benchmarking Paranaense faz levantamento do setor de Recursos Humanos das empresas do Estado

2 de outubro de 2012


Hora extra, rotatividade e acidentes de trabalho nas empresas são destaques no levantamento que analisou 12 indicadores

O “Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos” chega a sua 4ª edição. A Bachmann & Associados Ltda., empresa especializada em indicadores de desempenho e benchmarking, em parceria com o ISAE/FGV e ABRH-PR, traz uma análise do setor, baseada nos dados de 2011, de 235 organizações, e uma amostra com mais de 200.000 colaboradores. Essa edição do Benchmarking avaliou 12 indicadores, como: absenteísmo, rotatividade e grau de terceirização. “Na era do conhecimento, informações como essas, são o insumo mais importante na gestão de organizações, sejam elas de pequeno, médio e grande porte. Sem os dados certos, é impossível dar o embasamento correto à tomada de decisão, desenvolver a visão estratégica, determinar ações corretivas e alinhar a empresa ao planejamento estratégico”, define o Presidente do ISAE/FGV, Norman de Paula Arruda Filho.

Os resultados refletem o posicionamento da gestão dos recursos humanos nas organizações paranaenses e os principais pontos com oportunidades de melhoria. “Processos de gestão de pessoas, mesmo que bem estruturados, mas sem indicadores de desempenho pouco contribuirão para suportar as estratégias empresariais. Como gestores de RH precisamos quebrar mais esse paradigma e começar, ou continuar, a introduzir essa cultura nas nossas áreas para que, finalmente, tenhamos o reconhecimento total da nossa efetiva contribuição com o negócio”, explica a presidente da ABRH-PR, Sônia Gurgel. Entre os destaques da mostra estão:

• Quanto a Rotatividade nas empresas, a média anual da amostra foi de 49,1%, mas variou. Na comparação com 2010, a Rotatividade média do setor de serviços se manteve estável, variando de 47,8% para 47,5%. Já no setor industrial, houve o sensível crescimento de 36,1% para 50,6%.

• No conjunto das empresas participantes do levantamento, a média do Absenteísmo foi de 3,3%, enquanto o Absenteísmo Médico respondeu por pouco mais de um terço das ausências.

• A prática da hora extra está bastante disseminada nas empresas e, em algumas, os volumes são significativos, indicando a necessidade de ações corretivas. Na média da amostra, 4,6% do tempo trabalhado foram horas extras pagas.

• O volume de treinamento médio oferecido aos empregados em 2011, de 1,6% do tempo total trabalhado, foi semelhante ao do ano anterior (1,5%). Este valor corresponde a aproximadamente 43 horas anuais de treinamento por empregado.

• Embora 61 organizações (26,9% da amostra) não tenham reportado acidentes com afastamento, a Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) média da amostra foi de 10,49 acidentados, por milhão de horas trabalhadas. Este valor é muito elevado e aponta a necessidade de ações preventivas mais fortes.

• Muitas empresas pequenas, e mesmo de médio porte, não conseguiram participar do levantamento por falta de dados. O que aponta que várias organizações ainda não se deram conta da importância das informações para uma gestão básica de RH.

Os demais dados do 4º Benchmarking Paranaense apontam a existência de muitas oportunidades de melhoria no setor. Esse ano, o levantamento está disponível para venda na ABRH (R. Prof. Brandão, 520 – Alto da Rua Quinze) – R$ 100, para associados e R$ R$ 150 para não associados.

Contato